3 de agosto de 2008

Histórias de Ônibus Parte V

Os sem noção - O Retorno
Como dito no texto anterior, esse que está aí embaixo ó, eu voltei para falar de mais falta de noção de passageiros de transporte coletivo.
É tanta coisa que um texto só não deu.
Mas vamos lá.
Dentro de um ônibus, assim como em qualquer lugar com muita gente, existem algumas “regras” que merecem ser respeitadas.
Imagina a cena: você está de carro e vai a um estacionamento cheio, uma vaga está prestes a ser desocupada, você dá seta para entrar e, quando o carro sai, vem um outro motorista e entra rápido na “sua” vaga.
Dá um raiva!
E isso acontece em ônibus também.
Já aconteceu comigo.
Sabe quando você está de frente para o banco, segurando com as duas mãos parecendo que você é aquela cordinha que tem do lado dos assentos da montanha-russa? Eu estava assim. Nesse caso, a regra é: quando o assento desocupar, ele é meu porque eu estou ali “esperando”.
Como já disse, o caminho que eu faço é longo. Eu já estava de pé há um tempão, o ônibus já estava quase na metade do caminho quando entra um menino e fica do meu lado.
Quando a moça que estava sentada no “meu” banco se levantou, eu tirei a mão para ela passar e, se ela não tivesse saído, aquele menino que estava do meu lado há menos de 5 minutos, teria sentado no colo dela.
Fiquei brava. Cara egoísta. Depois, pra me acalmar, fiquei pensando: “ah, ele pode estar com dor nas costas, ou doente, ou com febre...”.
Isso não é um crime, não vai contra lei nenhuma, mas é falta de ética se ele não estiver precisando sentar.
E, falando em sentar, existem os assentos reservados. Quando entra alguém com criança de colo, grávida, idoso, deficiente e esses assentos estão ocupados, eu entendo que as primeiras pessoas que devem ceder seus lugares, são justamente essas que estão ocupando os reservados e não precisam efetivamente deles.
Mas nem sempre isso acontece.
Eu já vi, algumas vezes, pessoas pedindo o lugar para essas outras pessoas sentarem. Tudo bem.
Só que a cena que eu vi foi a seguinte: entrou um senhor usando aquelas máscaras que médicos, dentistas e afins usam. Ele ficou parado no meio do ônibus. Antes que alguém levantasse, uma moça que estava de pé acordou uma menina que estava sentada no reservado para que ela desse o assento ao senhor e depois ainda ficou reclamando das pessoas que não cediam seus lugares.
Eu não sei se há um certo e um errado nesse caso, mas a moça que acordou a menina poderia ter pedido a alguém acordado, afinal, há muitos assentos reservados em um ônibus. Com certeza, alguém levantaria, mas nem deu tempo, a moça já chegou querendo dar uma de moralista falando alto.
Existem também, as pessoas que precisam dos reservados sem noção.
No terminal do Jabaquara, nos horários de pico, eles pedem que formemos duas filas: uma para ir sentado, outra para ir de pé. Quem usa o assento reservado não precisa pegar fila.
Mas não são simples filas, são filas em negrito, itálico, sublinhado e em vermelho.
Quem opta por ir sentado no horário que eu pego ônibus, fica mais ou menos 20 minutos esperando para entrar.
Quando o ônibus já está quase cheio, entra alguém que precisa sentar e, por isso, a pessoa que esperou um tempão na fila, tem que ceder seu lugar.
Poxa, não dá pra esperar o próximo?
Tem uns que não fazem por mal, mas tem gente que abusa disso. É folgado, sim.
Fora os fura-filas que quando alguém reclama, fazem de conta que não é com eles.
Mas todo fura-fila é sem noção, então, nem preciso explicar.
Se eu lembrar de mais coisas sem noção, eu volto com uma trilogia.
Beijotchau.

2 comentários:

Anônimo disse...

Vai pegar o Jabaquara no Terminal Diadema de manhã, acho que consegue ser pior doq lá...
Por isso ando a pé!

Já pensou em escrever um livro?
Tu escreve bem pacas!

Matheus Carbo disse...

Foi oq eu disse pra ela!

Movimento: 1,2,3,4,5 Mil, Nathália escreve um livro pra eu ler