25 de setembro de 2008

Fifofofando

Sabe quando você não tem nada mais interessante para pensar, e fica viajando nas loucuras?
Ah, todo mundo faz isso, vai.
Fica filosofando nos “por quês” das coisas, se perguntando por que tal coisa é assim e outra coisa não?
Isso piorou quando eu aprendi que não se deve abotoar o último botão de um paletó masculino. Ele deve ficar aberto enquanto os outros dois botões de cima ficam abotoados.
Mas por que motivo? Quem inventou isso? Quem falou que é elegante?
Eu acharia mais bonito todos os botões abotoados.
Já pensou se fosse uma calça com 3 botões e um ficasse aberto para seguir a regra da fineza? Ia parecer aquelas pessoas que vão no rodízio de comida japonesa, comem tanto que depois precisam abrir os botões para conseguir respirar (conheço alguém assim).
É bem provável que alguém tenha inventado isso pra testar quem é chique e quem não é. Ou não tinha mais o que fazer.
O pior é que eu fico reparando agora, nessa e em outras regrinhas do vestuário masculino, tais como o comprimento certo da gravata, essas coisas.
Outra coisa que eu fico pensando às vezes: como que, antigamente, as pessoas sabiam que as palavras em outra língua queriam dizer aquilo que elas dizem?
Deu pra entender?
Como que antes, num mundo não globalizado, um espanhol sabia que “dog” significava “perro”, e, para os lusófonos, “cachorro”? Hoje a gente sabe, não sei como, que cada palavra tem sua tradução. Mas vai saber, né?
Deve ter rolado muita mímica antes de serem escritos os primeiros dicionários.
Mais: sabemos que existem as roupas masculinas e as roupas femininas.
Homens e mulheres não são iguais, portanto, nem suas roupas.
Mas e se, quando surgiu esse hábito de usar roupas, alguém tivesse dito que saias e babados eram coisas para homem?
Será que hoje seria comum ver um homem de vestido estampado com rosas vermelhas?
Um homem cheio de brilhos e paetês. Quanto mais purpurinado, mais macho.
Já pararam pra pensar nessas coisas?
Tudo é como é, mas nem sempre a gente sabe por que.
Além disso que eu citei, tem muitas outras coisas que a gente fica pensando, tais como por que faca se chama faca, as invenções que por mais que nos expliquem a gente nunca entende, como aparelho de fax, por exemplo, entre outras loucuras.
Nossa! Sabe o que eu to parecendo? Aquelas crianças na fase das perguntas.
Mas se alguém aí souber responder, ou tiver também alguma dúvida incomodando, avise que tentaremos buscar a solução para os nossos males (pppaaaammmm).

22 de setembro de 2008

Nesse caso

Eu já escrevi um texto sobre sinceridade nesse blog.
Lá eu dizia que, se ninguém pediu tua opinião, não convém dizer coisas negativas com a justificativa de que você é uma pessoa sincera.
Eu penso que a sinceridade é algo mais complexo, igual quando você tem que lidar com uma mulher na TPM.
Nem tudo você pode dizer e nem a qualquer hora.
Eu tenho um problema com sinceridade. Bom, na verdade nem sei se é um problema, mas eu acho que se a pessoa pergunta é que ela quer saber a verdade.
Concordam?
Se eu coloco uma roupa e pergunto a alguém se está bonito, é porque não quero passar vergonha.
Quando eu pergunto, quero saber a verdade, senão nem perguntaria nada.
E quando uma pessoa me faz uma pergunta, acho que ela também quer saber a verdade.
Se bem que tem gente que nos obriga a mentir pra não causar uma briga.
Por exemplo:
- Oi, amor! Eu estava morrendo de saudades, sabia? Você esta com saudades de mim?
Pode ser que a pessoa não esteja com saudades, acontece.
E aí? Você vai dizer que não? Causaria maior discussão por besteira, ou melhor, por dizer a verdade.
Eu cheguei a conclusão de que, nesse caso, é melhor mentir porque uma vez eu disse que não estava com saudades e não foi muito emocionante.
Mas é uma exceção, gente!
Assim como aconteceu esses dias quando fui cortar meu cabelo. Antes de mim, um menininho de uns 8 anos cortou o cabelo e, quando ele estava indo embora, a senhora do balcão perguntou toda simpática: “E aí, querido, gostou?”
O menino só sorriu timidamente e deu uma balançadinha de leve na cabeça fazendo sinal de afirmativo.
Se eu estivesse nos meus dias de mau humor e ela perguntasse pra mim, eu diria: “olha, eu não vou saber te dizer porque a cabeleireira nem se deu ao trabalho de me mostrar o corte com o espelho, e nem pediu para que você o fizesse, então, vou ficar te devendo essa resposta”
Ah, é que foi isso que aconteceu, na pressa ela nem me mostrou o resultado, mas deixa pra lá.
O negócio está em como se encara a resposta sincera.
Se você acha que não é capaz de suportar a verdade, então nem pergunte. E se perguntar, por favor, não reclame se não gostar da resposta. Você quem quis saber.
Outra coisa importante é saber como dizer essa verdade.
- Você gostou do meu cabelo?
- Eita preula! Tá feio demais, vamos para o cabeleireiro agora!
Não é assim também, a não ser que a intenção seja mesmo deprimir a pessoa. Você pode dizer algo como: “Esse corte é lindo, mas acho que você fica mais bonita com o cabelo chanel”
Deu pra perceber que dizer a verdade é algo que exige muito tato, né?
Não é algo como oito ou oitenta. É também difícil explicar.
Mas tenho certeza que um dia a gente aprende, mesmo que antes a gente cause a maior briga, mas é também assim que a gente chega lá.

12 de setembro de 2008

Cada coisa

Imagina você passando pela rua quando vê uma pessoa sentada num vaso sanitário, vestindo pijamas e lendo jornal.
É bastante incomum. Eu pelomenos nunca vi, e nem quero ver.
Se bem que tem tanta gente que não se toca que certos hábitos não caem bem em qualquer ambiente, que eu não acharia tão esquisito assim.
Como já falei e não canso de falar, eu não duvido de mais nada nesse mundo!
Mas o que me fez escrever esse texto foi que eu já vi, e não foi uma vez só, gente passando fio dental no meio da rua.
É que eu aprendi a passar fio dental no banheiro e não sei se é uma questão de educação vinda dos pais isso, mas tem gente que não acha estranho, ou aprendeu de outro modo a fazer sua higiene pessoal.
Pode ser que elas não vejam mal nenhum em passar fio dental na fila do banco, ou simplesmente andando pela rua, mas eu acho bem desagradável.
Falta de tempo todo mundo tem um dia, mas isso não significa que você tem que deixar faltar o bom senso.
Pode ser que você esteja atrasado para algum compromisso, tudo bem. Nesse caso, eu aconselharia a não passar o fio dental e fazê-lo após o compromisso, dentro de um banheiro.
Se você é daqueles que tem aflição quando não usa o fio dental, fique sabendo que você não morrerá se esperar algumas horinhas por isso, acredite em mim.
Eu economizaria maior tempão se deixasse para passar o fio dental no caminho de volta pra casa sentada no ônibus.
Afinal, eu demoro cerca de 15 minutos por causa do aparelho.
Mas nem por isso eu vou submeter a pessoa que está sentada ao meu lado a assistir essa cena.
Será que eu estou sendo fresca demais?
Não sejamos hipócritas, pensem comigo (serei um tanto nojenta agora): você ta passando o fio, tirando restos de comida que entram no meio dos seus dentes, às vezes o fio enrosca e quando solta, ele vem com pressa, voa gotinhas de saliva (isso quando vem só saliva). Acontece de você ter um pouco mais de força no movimento e sangrar, muita coisa pode acontecer e tem um monte de gente ali de platéia.
Ai credo!
É só pra mim que isso é incomum?
Vocês acham normal passar fio dental na rua?
Eu sei que existem culturas diferentes, que o que pra outros países é comida, para nós é motivo de escândalo quando voam em nossa direção. A questão é que eu nunca fui pra muito longe.
Ah, pode ser que essas pessoas tenham vindo de um lugar onde é normal esse tipo de hábito.
É isso, só pode ser.
Aaaahhhh ttttáááááá! Eu que aprendi tudo errado, poxa.

9 de setembro de 2008

É o fiiiim!

Olha gente,
Acho que já desabafei o suficiente sobre ônibus.
Estou aliviada!
Falei sobre coisas que realmente me irritavam e ainda me irritam, mas agora acho que já disse tudo o que queria dizer.
Em breve, textos "normais"
Obrigada!

2 de setembro de 2008

Lembrei!

Depois que eu postei o texto sobre dormir em ônibus, eu me lembrei de um fato da minha infância.
Eu devia ter uns 5 anos e tinha ido com meu pai para o trabalho dele, nem lembro por quê e, para isso, acordei mais cedo do que de costume.
Minha mãe colocava no meu cabelo uns elásticos com bichinhos, bombonzinhos de mentira e essas coisinhas de menina.
Na volta pra casa, pegamos um ônibus e sentamos no fundo, eu num assento e meu pai ao lado.
Eu tirei o elástico do cabelo e ele caiu no chão. Eu me abaixei pra pegar e fiquei ali brincando com ele no chão do ônibus. Eu estava sentada com a barriga encostada nas coxas, a cabeça entre os joelhos e as mãos pra baixo.
Fiquei ali naquela posição brincando com o elástico e dormi.
Não sei como, só me lembro que acordei na mesma posição e na hora lembrei do elástico que, pra minha sorte, estava lá ainda no chão.
Fiquei meio sem entender nada, nem sei quanto tempo fiquei dormindo, nem sei se meu pai tentou me acordar, só sei que eu lembro dessa cena e penso: “como eu consegui?”
Loucura, né?