28 de março de 2008

Figura

Ahhh, a Elaine...
Ela é muito engraçada.
Tão engraçada que pedi a ela pra deixar eu descrevê-la no meu blog.
A Elaine faz e fala algumas coisas, que na hora eu falo pra ela, a gente resolve na conversa, mas toda vez que eu lembro eu dou risada.
Ê Elaine...
A Elaine não sabe usar 2, 3 ou até 4 cores de sombra nos olhos.
Você também não sabe? Tudo bem, eu também não sabia.
Mas eu já expliquei pra ela três vezes, fiz demonstração, e ela ainda veio me dizer que não consegue.
Mas você, caro leitor, tentou passar duas cores de sombra nos olhos? Não?
Nem a Elaine.
Depois reclama que a sombra pérola a deixa pálida.
Quando algumas pessoas do trabalho resolveram fazer um café da manhã, onde cada pessoa traria algumas frutas, a Elaine veio me dizer que não poderia participar.
A primeira coisa que me veio no pensamento foi que ela teria médico de manhã ou não poderia trabalhar por motivo de força maior.
Perguntei o motivo e ela me disse que havia ligado pra mãe dela perguntando se havia frutas em casa, e como a resposta foi negativa ela não poderia participar. Ponto final.
- Ô Elaine, você tem R$ 3,00? Faz como eu fiz da última vez: tem um mercado aqui do ladinho, dá uma passada lá antes de vir pra cá.
Silêncio.
Alguns dias antes da festa à fantasia, a Elaine falou que achava que não poderia ficar.
Assim como a grande maioria da empresa, inclusive eu, ela não tinha dinheiro pra alugar nem comprar uma fantasia.
- Elaine, pede emprestada.
- Eu não conheço ninguém que tem fantasia.
- Você perguntou pra mim?
Nem precisou, a Mulher Maravilha caiu no colo dela no dia seguinte. Só ficou sem fantasia quem quis, a organizadora da festa pensou em todo mundo.
Ai, Elaine, Elaine...
Já dei a dica pra ela fazer o caminho do trabalho com um sapato mais confortável e colocar o salto na empresa. Mas ela não pode porque é muita coisa pra carregar, material da faculdade, bolsa, tchururu...
Mas o que é um peido pra quem ta borrado? Eu sei que ela já até tentou, mas... bom, deixa a teimosia dela pra lá.
Elaine não tem cartão de crédito. Já falei pra ela fazer, mas ela tem que resolver outras prioridades. Mas, o que muda se ela pede emprestado? Não tem que pagar também?
Mas não se enganem.
Elaine é uma pessoa muito inteligente e determinada. Sabe que quer ser contadora quando crescer e luta por isso com muito afinco.
Trabalha com dedicação e responsabilidade, e é uma pessoa muito bondosa.
Pra algumas outras coisas ela não é muito decidida não, mas também, quem é que é?
Elaine é uma figurinha, dou muita risada das coisas que ela faz e fala.
Agora fiquem à vontade para mandar recados pra ela aqui nos comentários mesmo.
Ela jura que vai ler.
Obs: Esses dias quando cheguei, a primeira coisa que ela veio me mostrar é que tinha tentado passar dois tons de sombra. Palmas pra Elaine que ela mereceu clá clá clá clá clá clá clá clá...

25 de março de 2008

Tempos Modernos

Existem muitas pessoas que insistem em não acompanhar a vida moderna.
Talvez por teimosia, cabeça dura ou medo.
Mas chega uma hora que a onda da modernidade vem tão forte que você sente falta de coisas que nunca teve.
Celular, por exemplo.
Não quer ter celular, não tenha, mas não reclame se ninguém mais te chamar pra sair, ou não te encontrarem pra desmarcar um encontro pra lá de Itapecerica da Serra.
Celular é muuuuito útil, gente.
Não preciso nem dizer por que, né?
Quem não tem, um dia vai sentir falta, se é que já não sentiu.
E nem custa tão caro assim hoje em dia. Sem contar as facilidades de pagamento.
Outra coisa que eu acho que todo mundo (que tem juízo) deveria ter, era cartão de crédito.
Eu acho inaceitável uma pessoa maior de 18 anos, que trabalha e que tem CPF regular não ter um cartão de crédito.
Não são todas as lojas que fazem o tal boleto, não!
Isso também é uma coisa que você pode sentir falta um dia. Daí você pede o da sua mãe emprestado. Mas até quando?
“Alô! Mãe, eu to aqui no supermercado e apareceu uma promoção relâmpago de fogões e eu peguei um. Será que você pode vir aqui pra passar seu cartão de crédito?”
O problema é anuidade? Então saiba que existem cartões que não cobram essa taxa. O meu mesmo é um.
Então o problema são os juros. É só não gastar mais do que você ganha. Se pagar sempre em dia, você não corre esse risco.
E pedir cartão de crédito pra amigo é bem arriscado. O amigo pode ficar sem graça de negar, você esquecer de pagar e a amizade acabar por causa disso.
Ou se o amigo disser que não empresta, você pode ficar chateado.
Vale a pena pagar pequenas taxinhas para ter sua “liberdade”.
Fora que é chique ter cartão de crédito. Principalmente se for internacional.
Eu sinceramente não vejo motivos para não ter um.
E se você souber de algum motivo pra não ter um cartão de crédito (fora compulsão por compras) que seja mais convincente do que os meus para tê-lo, por favor, apresente-o.
Só um adendo: proprietários de celulares pré-pagos, por favor, ponham crédito porque eu não sou obrigada a receber suas ligações a cobrar sempre. Na emergência vá lá, mas, por gentileza, tome um pouco de vergonha na cara. Obrigada!

22 de março de 2008

Sem noção

Gente, sabe quando você sempre faz uma coisa, a vida inteira achando aquilo normal, quando um belo e colorido dia você se dá conta de que aquilo não ta certo?
Eu comecei a observar e relembrar certos atos quando um dia eu estava sentada com uns amigos em volta de uma dessas mesas de plástico de quatro pés.
Pedi licença para ir ao toilette, afastei a cadeira, me levantei e quando fui virar, bati o pé na mesa e como é de plástico, deu uma balançadinha.
Normal.
É... seria normal se fosse só essa vez. Depois de alguns minutos, me levantei denovo e a cena se repetiu como um replay. Bati o mesmo pé no mesmo lugar balançando a mesa novamente.
Foi aí que eu comecei a me lembrar de quando eu destruí uma geladeira da minha vó arrancando com o pé uma parte embaixo que protegia os pés dela, quando toda vez que eu chego perto do fogão eu escuto um “tuuum” vindo daquela parte abaixo do forno, que sempre enrosco o pé nos cantos das paredes, que sempre chuto alguém quando chego mais perto...
É pior do que eu pensava: eu não tenho noção do tamanho dos meus pés!!!
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!!!!!!!!!!!!!
Agora mesmo eu fui buscar meu celular e quando voltei, fui me sentar e dei uma topada no pé da cadeira, bem no dedinho.
Será que se eu começar a andar com uma discreta inclinação para frente de uns 35º alguém vai perceber?
E se eu começar a andar com os pés virados pra fora? É... talvez eu consiga um acento no ônibus mas nada além disso, fora que eu vou parecer um rodo.
Eu acho que não há nada a ser feito.
Plim!
Mas como eu não pensei nisso antes? É só eu parar um metro antes das coisas, olhar a distância que ainda resta e ir andando devagar até chegar ao destino sem prejuízos! Simples, né?
O difícil será eu lembrar desse meu exercício de reeducação de aproximação anti-destruição cada vez que for parar.
O pior é que eu adoro sapato de bico fino!
To vendo que eu vou ter que me conformar mesmo.
Ou, quem sabe um dia, eu aprendo.
E esse texto fica de aviso e pedido de desculpas antecipado se um dia eu te chutar ou derrubar tudo que tiver em cima da mesa com meu pé enroscado.
Obrigada pela compreensão (eu espero)!

18 de março de 2008

Homenagem?

Hoje uma tatuagem me fez refletir.
Eu vi um rapaz que tem tatuado no braço um código de barras e embaixo escrito: “Made in Brazil”
Eu já li essa frase muitas vezes e também não é a primeira vez que a vejo numa tatuagem.
Mas hoje eu achei tudo isso muito contraditório.
Eu penso que para uma pessoa escrever o nome de seu país no corpo, é porque ela tem um certo orgulho de sua nacionalidade.
Certo?
Se a pessoa tem orgulho de ter nascido em seu país, deve se orgulhar também da cultura dele.
To errada?
A língua falada faz parte da cultura e da identidade da nação.
Correto?
Então, se o cara tem orgulho de ser brasileiro, orgulho da cultura brasileira e da língua falada no Brasil, por que não fez uma homenagem em português?
E mais ainda: por que não escreveu Brasil com S?
Será que ele nasceu no Brasil, mas seus pais são ingleses ou norte-americanos?
Ah, ta... acho que ele sempre viaja pro exterior e quer que todo mundo saiba que ele é brasileiro.
Pode ser, né?
Mas se não for, acho tudo isso um paradoxo.
É uma questão de ponto de vista. Brazil parece chique, dá um ar de importado, mas não é nosso, entende?
Mas se é pra ser brasileiro, que seja com S, ora bolas...
Não to querendo dar lição de moral ou aflorar o patriotismo nas pessoas. Longe de mim.
Mas posso dizer que é a mesma coisa que você pegar teu sobrenome, Nogueira, por exemplo, herdado dos pais, os quais você diz ter muito orgulho e amá-los com todo seu coração e sair dizendo que teu sobrenome é Walnut só porque soa melhor.
Eu, na minha humilde opinião, não vejo sentido em tatuar algo escrito em japonês, árabe ou grego se eu não tiver nenhum tipo de ligação com essas nações. No mínimo tem que estudar ou gostar muito da cultura, ter morado no país, ou saber falar a outra língua.
Deve haver algum histórico, marcado sua vida ou coisa parecida.
Foi uma estranha homenagem, mas se o moço quis tatuar a frase supra citada, que seja feliz, afinal foi ele quem pagou a conta e sentiu toda a dor.

14 de março de 2008

Rapapú...

Definição de bicicleta:
“A bicicleta é um veículo com duas rodas presas a um quadro movido pelo esforço do próprio usuário através de pedais.”
Tá bom, só isso já serve.
Além da minha mãe, acredito que vocês já andaram de bicicleta.
Não sei se vocês a usam como meio de transporte para ir ao trabalho, academia, escola ou qualquer outro lugar. Mas se sim, vou fazer um alerta aqui: os ciclistas também têm que respeitar os semáforos e pedestres!
Não é só porque a bicicleta não tem motor que não precisa parar no farol vermelho.
Várias vezes eu esperava pra atravessar a rua e, quando o farol abria para os pedestres, vinha um desgraçado na velocidade da luz desrespeitando o sinal.
O que será que se passa na mente dessas pessoas?
E os que andam na calçada então? Só sinto meu cabelo balançando e o cara lá na frente desviando de todo mundo em zigue-zague.
Tenho que andar sempre no canto e olhar pra trás de vez em quando.
Daqui a pouco vou ter que andar segurando retrovisores!
Se ainda a bicicleta fizesse barulho...
Toda manhã quando vou trabalhar eu passo por isso. É sagrado, acontece todo dia!
Eu não quero ter um fim como o do Farley!!! Não mesmo!
Não tem como não vir um palavrão na cabeça. Um não, vários.
Na hora vem um de espanto, depois um pra classificar o indivíduo e outro pra indicar a direção que ele deve ir.
Mas fica só no pensamento, uma porque eu sou uma pessoa fina, outra porque acho que a cor roxa não combina com meus olhos.
Gente, eu achei um site bem legal sobre bicicleta: http://www.escoladebicicleta.com.br/notransito.html
Leiam com carinho!
Sei que não vou causar uma revolução sobre esse assunto, mesmo porque aqueles queridos rapazes que passam rasgando (no mau sentido) de manhã nem verão esse meu apelo.
E as pessoas que acessam o desabafandoobrigada são pessoas educadas e elegantes, assim como eu, né, gente?
Mas desde já fica aqui meu alerta!
Obrigada!
Beijotchau!

12 de março de 2008

Me deixa!

Fiz uma pesquisa na Internet:
Os receptores de paladar estão localizados na língua, agrupados em pequenas saliências chamadas papilas gustativas (cerca de 10.000), visíveis com lente de aumento. Existem quatro tipos de receptores gustativos, capazes de reconhecer os quatro sabores básicos: doce, azedo, salgado e amargo. Esses receptores estão localizados em diferentes regiões da língua.
Várias pessoas comendo um mesmo tipo de alimento como uma fruta, por exemplo, sentirão porcentagens diferentes de salgado, doce, amargo e ácido e ainda algumas terão sensações não incluídas nos quatro sabores básicos.
O que você tem com isso?
Agora você pode entender que só porque uma pessoa não gosta de um determinado alimento, não significa que ela é “fresca”.
Cada pessoa tem uma reação diferente pra cada coisa que come, porque umas sentem mais o sabor salgado, outras mais o azedo e assim vai.
Já ouvi tanta gente dizer: “Você não gosta de queijo? Ai, como você é frescaaaa!”
Ou então: “Ele é um fresco, não gosta de brócolis”
Mas eu tenho certeza absoluta que essas pessoas que chamam outras de frescas também tem alguma coisa que não comem.
Nós não somos obrigados a gostar de tudo.
Se algum tipo de ingrediente nos faz mal e por isso não o comemos, vem sempre alguém dizer que isso é frescura!
Frescura é dizer que não gosta do que nunca comeu! To falando de comida, gente. Não me venham com: “mas você já comeu tijolo baiano?”
Uma vez fui almoçar com meu irmão. Optamos por comida chinesa e ele sugeriu: “Pega esse frango ao molho de laranja, é a melhor coisa do mundo”. Embora eu não goste de misturar coisa doce na comida salgada, resolvi experimentar mesmo sabendo do gosto exótico do meu irmão.
Peguei pouco, mas não deveria era ter pegado nada. Mais que depressa bebi suco e comi outra coisa pra tirar aquele gosto péssimo da boca. Nuuunca mais!
O pior é que tem molho, e aquele gosto impregnou no meu rolinho primavera.
Filho de uma garça!
Tem comida que não é tão agradável aos olhos quando ao paladar. Guacamole por exemplo. É feia, mas vale a pena experimentar.
Eu me esforço pra respeitar o “não gosto” alheio. Mas tem coisas que são até engraçadas se a gente parar pra pensar.
Um caso fora da comida:
Quando fui à praia com uns amigos, no último dia fizemos a divisão de tarefas de limpeza para irmos embora deixando a casa em ordem.
Quando comentamos sobre limpar a casa, o Raphael logo avisou: “Eu não vou limpar o banheiro, não! Ta cheio de cabelo no chão e eu tenho muito nojo disso, eu!”
Respeitamos.
Mas esses dias eu tava lembrando do caso. Por que será que quando o cabelo ainda está na nossa cabeça, ta tudo normal, passa a mão, faz cafuné, e depois que o fio cai, a pessoa fica com nojo?
É o mesmo cabelo ué!
Mas nesse caso eu deixo passar porque esses fios de cabelo estavam molhados e embolados no chão do banheiro e isso realmente não é muito agradável.
E também porque temos que respeitar os gostos (ou a falta deles) das outras pessoas, pois nós também temos as nossas preferências e coisas que não suportamos. Fica o brega falando do mal vestido, não é mesmo?
Bom... agora dá licença que eu vou comer minha goiaba verde com limão e sal.

9 de março de 2008

Protesto!

Eu não sou feminista, muito menos machista.
Ainda tenho alguns pensamentos quadrados de que existem coisas de meninos e coisas de meninas.
E acho bom que isso continue por muito tempo.
Não sei se posso dizer que sou uma pessoa que almeja a igualdade total entre homens e mulheres porque já ouvi meninos dizerem: “As mulheres não querem ter os mesmos direitos dos homens? Então não vou abrir a porta do carro nem pagar mais a conta”
Eu sinceramente achei esse ponto de vista ridículo, mas não deixa de ter seu sentido, portanto melhor deixar que essas diferencinhas ainda existam.
Afinal, não fui eu quem tive a idéia de queimar sutiã e, sinceramente, não me agrada a idéia de pagar a conta no primeiro encontro.
Mesmo eu achando que cavalheirismo não tem nada haver com direitos iguais, deixa as coisas como estão antes que eu tenha que ouvir aquele comentário medíocre denovo.
Sobre meu protesto, vou começar com uma pergunta: “Um homem e uma mulher, quando almoçam, por exemplo, não sujam cada um o seu prato, talheres e copos?”
EEERRRRR, Nathalia, é lóóógico, néééé???
Então por que só uma pessoa tem que lavar a louça todo dia, mesmo as duas estando disponíveis depois do almoço?
Vou me usar de exemplo.
Na minha casa, já me chamaram de louca, mas vou continuar a lutar por essa causa tanto quanto luto para que desliguem o chuveiro enquanto usam o vaso.
Afinal de contas, eu acordo 5:30, pego 2 ônibus pra ir trabalhar e chego em casa por volta de 19:45 quando saio no horário. Chegando em casa, eu janto e alguns dias eu lavo a louça e quando não sou eu, é minha mãe.
Até aí, tudo parece justo, não é?
Pareceria, só não é porque meu amado irmão não acorda tão cedo assim, não trabalha longe pra caramba, e suja tanta louça quanto eu!
Mas ele não lava e se eu não lavar, quem lava é a minha mãe. Outra coisa que eu também não acho justo. Ela não tem que pagar por uma “birra” minha.
E toda vez que reivindico, a Nathalia que é louca.
Pode?
Ele tem a sua parcela de culpa, mas boa parte dela é de quem faz as coisas por ele se ele não fizer. Principalmente por me pedirem pra não “causar” sempre que reclamo de alguma coisa do gênero.
Estou lutando por certas igualdades (não todas) e mesmo que continuem me chamando de louca, vou buscar a divisão de afazeres, sim!
Mas enquanto não chego lá, espero que minha vó compre bons detergentes.

4 de março de 2008

Mudança de hábito

Olha, a pessoa não ter o que fazer é uma coisa, agora querer que todo mundo seja como ela, é outra.
Eu gostaria de saber quem são as pessoas que recebem uma mensagenzinha legal, uma piadinha engraçada e perdem tempo colocando aquilo no power point.
Pra que?
Pra me fazer perder tempo? Pra treinar o que aprendeu no curso de informática?
Se for por isso, por gentileza, não precisa me incluir na tua lista de e-mails.
Não sou contra power point. Muuuito pelo contrário, eu acho o programa fantástico e útil.
Tem certas coisas que só slides explicam.
Eu não vou dizer que não, eu vejo todos que recebo sim. A esperança é a última que morre e eu sempre tenho a esperança de encontrar coisas legais num e-mail com anexo .pps.
Fotos são bem legais, dá até pra por música de fundo. Já vi uns lindos.
Já até montei uma apresentação uma vez pra dar de presente.
Mas aquela piadinha do Joãozinho que eu leria em 1 minuto, eu tenho que esperar uns 2 minutos pro e-mail chegar efetivamente e parar de travar o recebimento de outras mensagens, mais 2 minutos pra abrir o arquivo e mais uns 5 minutos pra ler.
Isso se não travar.
Fooooora o tempo que a pessoa perdeu pra montar.
Você, estimado cidadão que já fez isso um dia: o que ganhou com isso?
Eu vou responder: a minha revolta (dentes cerrados).
Eu li a piada, dei risada, até repassei. Mas por que não deixou em formato de texto normal mesmo? É tão mais prático, não é?
Afinal, os e-mails vieram pra facilitar a nossa vida, concorda?
Esses dias recebi um que não aceitava nem o clique do mouse, nem o enter pra mudar de slide, era automático. Tive que ficar clicando naquele negocinho no canto esquerdo inferior do slide pra abrir uma caixinha e escolher a opção “próximo” e finalmente mudar.
Ai que ódio!
Faz o seguinte: em vez de ficar montando slides com uma simples piadinha, vai ler um livro. Quer algumas dicas?
Lá vai:

Dicas do meu irmão: Ensaio sobre a cegueira de José Saramago e O Anticristo de Nietzche.

Dica da Elaine, minha amiga do trabalho: A arte secreta de Michelangelo de Gilson Barreto e Marcelo Ganzarolli de Oliveira.

Dicas da minha prima Érica: O clube dos anjos - Luis Fernando Verissimo / O suicida e o computador - mesmo autor / Vinho e Guerra - Don e Petie Kladstrup.

Dica do meu primo Matheus: Eragon de Christopher Paolini.

Dica da Natalha minha cunha: Cem anos de solidão - Gabriel Garcia Márquez.
(Obrigada pessoas!)

E agora a minha dica: 1984 de George Orwell pra você ficar pensando pensando pensado no que o cara quer dizer e ter coisas mais úteis pra ocupar seu tempo e pensamento.

Boa leitura!

1 de março de 2008

Amigaço!

Como é que pode? Eu acho que tem gente que gosta de levar patada.
Não que eu queira defender quem pratique o ato de dar patadas, mas parece que tem gente que anda com uma folha de caderno colada nas costas escrito de caneta: “Me dá uma patada?”
São pessoas feias por dentro, que tem que te ver lá em baixo pra se sentirem bem, ou pessoas que falam demais na hora que têm que ficar quietas e parece que é de propósito.
Ou simplesmente falam sem pensar mesmo, já nasceram sem noção.
Não entendeu ainda? Exemplo, por favor:
Você acabou de levar um fora do namorado que tava apaixonadíssima, namorando há um tempão, ta arrasada e conta pra uma amiga.
Ela escuta com atenção, te abraça, consola... até aí tudo bem. Você percebe que já falou bastante e pergunta: e você, como esta?
Nesse momento foi acionado no cérebro dela o programa chamado “Eu vim ao mundo pra brilhar.exe” e ele é muito pesado e por isso o programa “Noção.exe” tem que ser fechado.
Ela desembesta: “aaahhhh eu to ótima, amiga, o Paulinho é um fofo, estamos apaixonadíssimos, ontem fizemos 6 meses de namoro, daí ele me levou num restaurante blá blá blá...(volume abaixando)”
Seu desejo é um só: olhar pra cima e ver a bigorna da Acme caindo na cabeça da disgramada.
E se você fala alguma coisa, ainda corre o risco de ser taxada de invejosa, mal amada.
Outro exemplo? Lá vai:
Você tem um colega que foi promovido, ta ganhando dinheiro e o único assunto do cara são as novas aquisições dele:
O cara só sabe falar que ele gastou R$ 600,00 num par de tênis, que pagou R$ 450,00 numa calça jeans, que foi viajar pra Campos do Jordão e gastou R$ 1.500,00 num fim de semana. Você pra mudar de assunto pergunta de um outro conhecido em comum e ele começa: “o cara ta bem também, comprou aquela moto que ele queria há um tempão. Outro dia eu tava no shopping comprando umas roupas, encontrei ele comprando uns ternos italianos pra trabalhar também e...”
Essa gente vazia merece uma boa patada.
Mas como eu sou fina e elegante.... putz que mentira. Eu não sou um exemplo de serenidade plena, mas é sempre bom não dizer certas coisas pra evitar maiores transtornos.
Deixaremos certas patadas no pensamento.
Mas é difícil! Tem horas que é mais forte que a gente.
Um menino uma vez, pra se mostrar pra uma menina se intrometeu num comentário que eu havia feito. Eu disse brincando pra própria: “Ave, essa menina aqui outra vez? Agora ela virá aqui todo dia?” e ele disse que meninas bonitas eram sempre bem-vindas e portanto que eu ficasse quieta.
Se ele tivesse chegado no bem-vinda e parado, tudo certo, mas me mandar ficar quieta...
Eu disse: “Dá licença que eu não to falando com você”
Foi ele quem começou!