22 de julho de 2009

Escuta aqui

Um amigo te convida para uma festa. Você quer ir e vai. O problema é que no caminho seu ônibus quebra, todos os passageiros descem, inclusive você. Na descida, você tropeça e cai em cima de uma senhora com uma criança no colo. Você se desculpa incansavelmente, mas a senhora começa a fazer um escândalo, dizendo que você não presta atenção no caminho, que você machucou a criança, uma pobre criança indefesa, e você tenta se explicar, ela grita mais ainda, você se irrita, grita também, afinal é inocente, e a mulher não te deixa falar, mas ela não quer nem saber, vai chamar a polícia. Vão todos pra delegacia. Só que o delegado estava atendendo outro caso e demorou uma hora pra verificar o caso de vocês. Depois de mais escândalo da senhora agora com a platéia do delegado, vocês finalmente estão liberados. Quando pega seu celular pra avisar seu amigo da demora e de que não sabe muito bem onde está e como voltar, vê que o aparelho está sem bateria e você não decorou o número dele e nem de ninguém que estaria com ele (coisas de quem liga direto da agenda do celular). Você, então, chateado com a situação, pergunta para um policial um caminho para ir para sua casa e descobre que está um pouco longe, mas vai mesmo assim, afinal está louco para dormir.
No dia seguinte, acorda com o telefone da sua casa e quando atende já vem a bronca: “Muito bonito. Fiquei te esperando um tempão porque você confirmou presença e não recebo nem um telefonema! Mas que falta de consideração”
Parece fantasioso não parece? Pois isso acontece muito. Não estou falando da cena do ônibus quebrado seguida da cena da delegacia, eu me refiro à bronca do amigo. Aconteceu algo semelhante com uma amiga minha,claro que não houve escândalo nem delegado, mas ela recebeu uma chuva de broncas sem antes as pessoas sequer perguntarem se ela estava bem, ou o que havia ocorrido para que ela não comparecesse ao compromisso. E o pior, as pessoas que deram bronca, não tinham moral nenhuma, pois o evento que ela não pôde ir era uma festa de aniversário e das pessoas que deram bronca, nenhuma delas foi à festa de aniversário da minha amiga no ano passado.
Eu já tinha achado chato o que aconteceu com a minha amiga até acontecer a mesma coisa comigo. Teve uma festa e eu ia. Recebo uma ligação perguntando por que eu não compareceria com um tom de bronca. Perguntei quem havia proferido tal calúnia, que absurdo. Fiquei meio brava porque a pessoa já chegou me dando bronca. No fim das contas foi um mal entendido, fui à festa e comi pra caramba.
Eu já aprendi a lidar com essa situação, mas a parte ruim é que não basta só eu ter tal postura para que não haja desarmonia, né?

8 de julho de 2009

Eu acho melhor...

No tão pouco tempo que nos sobra hoje, acredito que a solução para otimizá-lo seria adotar a praticidade em algumas áreas de nossas vidas.
Mas se a pessoa quiser continuar a colocar outras coisas acima da praticidade, eu também não tenho nada com isso.
Eu estou dizendo isso porque já vi gente que, em nome da vaidade, faz algumas coisas que depois eu penso: “não era mais fácil se ele tivesse feito de outro jeito”. E a pessoa tem consciência que do outro jeito seria mais fácil, só que não seria tão glamuroso.
Um bom exemplo foi um que vi um dia indo para o trabalho. O farol estava fechado quando eu vi a porta do motorista se abrindo, um rapaz saindo do carro, uma moça levantando o banco para sair também, pois estava no banco de trás, o rapaz ir embora e a moça assumir a direção.
Eu fiquei pensando: “por que já não deixou a moça dirigir?”. Três pessoas tiveram que se mobilizar, o motorista que virou transeunte, o carona, e a passageira que virou motorista.
Nesse caso, me pareceu mais uma vaidade, tem homem que tem vergonha de deixar a mulher dirigir. Claro que pode ter havido outros motivos, como a mulher ter receio de dirigir embora precise, a mulher ter pedido pra ficar no banco de trás, uma mudança repentina dos planos que obrigou o motorista que não sairia a ter que sair, entre outros.
Também já vi homem dirigir o carro da esposa e a esposa ter que explicar o caminho. Nesse caso também era mais fácil se a mulher estivesse dirigindo.
Bom, mas tem uma coisa que eu faço que vai tanto contra quanto a favor do que estou dizendo. Na empresa em que eu trabalho, temos que usar roupa social, o que pede um salto alto. A falta de praticidade está em que eu não saio de casa de salto, eu trago na bolsa ou em uma sacola se for o caso, então é um peso a mais. No entanto, como eu caminho um pouco até chegar à empresa, mais ou menos uns 15 minutos, é muito mais prático e confortável usar tênis, pois eu chego mais rápido, não gasto o salto na calçada e não fico com os pés moídos.
Prático, não?