15 de janeiro de 2009

Pensei que fosse

Vocês já pararam pra pensar que tem gente que fala coisas por hábito, mas que na realidade nunca prestou muita atenção ao que dizia?
Eu fiquei pensando nisso depois que eu escutei uma moça na rua falando assim: “ele é um filha da p*%a!"
Não, ele não é um filha da p*%a! Eu nem sei de quem ela estava com raiva, mas sei que ele não é isso.
E desde quando você diz: “essa é minha filho, o nome dela é Camponesa Serrana”?
Se você nasce homem, você é filho! (Tchanããã!)
Portanto, o cara que a moça esta elogiando é um filhO da p*%a!
Simples, né?
É hábito, falamos sem perceber.
Assim como não sabemos o significado de algumas palavras que alguma vez já dissemos ou cantamos.
Bom exemplo é o Hino Nacional.
Já vi muita gente dizer "Feliz Natal e um Próspero Ano Novo!", mas pergunta se todas sabem o que significa próspero. A gente diz por hábito. Tem frase mais clássica que essa?
Uma vez, eu disse a um amigo: “seu estipêndio é pequeno”. Claro que ele não gostou, afinal nem todo mundo conhece essa palavra.
Ele disse: “eu não sei do que você ta falando, mas seja lá o que for, não é nada pequeno”.
Eu li num livro e fui procurar o que significava.
Segundo meu companheiro Aurélio, estipêndio é: “salário, soldada, paga”.
Depois que eu expliquei o que era, acho que ele pensará melhor antes de dizer que estipêndio dele é grande, essas coisas não se sai espalhando, né?
Ou então quando você diz uma palavra achando que está dizendo uma coisa, mas na verdade ta falando asneira. Assim como um amigo me contou, um colega dele havia feito uma trilha para um lugar com árvores, paisagens naturais etc. O tal colega contou: “o ar de lá era tão rarefeito, deu pra respirar muito bem, não tem essa poluição”.
Rarefeito é ralo, menos espesso, menos denso e ele quis dizer que o ar era bom. Ele imaginou o raro e surgiu um rarefeito. Raro porque hoje em dia é difícil encontrar um ar que não seja poluído.
É que tem gente que quer falar bonito e acaba confundindo as palavras.
Aliás, voltando aos palavrões, é engraçado dizer que essas palavras são feias, sujas, impróprias só porque elas sugerem os órgãos sexuais ou o que sai deles e o sexo em si, como o p*ta ou f*da, por exemplo. Que uma pessoa que diz palavrão é vulgar. Curioso, muito curioso.
Bom, é isso, falamos coisas por hábito, sem perceber, mas se prestarmos mais atenção, veremos que muitas dessas coisas perderam o sentido no meio do caminho, assim como ditados que dizemos sem ter a certeza do que querem nos ensinar.
O coitado do cara, além de ter a mãe ofendida ainda teve o sexo trocado.
Isso é o que eu chamo de ofensa dupla!

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