25 de abril de 2008

É relativo

É curioso esse negócio de relativo, né?
O que para mim é lindo, você pode achar monstruoso.
O que para você é fácil, para mim pode ser um bicho de trintaevinte cabeças.
Na minha opinião, há coisas inaceitáveis que certas pessoas acham bonito.
E, às vezes, nem é que acham bonito, se acostumaram àquilo, ninguém nunca reclamou e as pessoas foram deixando, tipo sobrancelha unida (especialmente em mulheres), aquele bigodinho dividido no meio, buço chamativo, essas coisas.
Mas no topo da minha lista de incompatibilidades estão alguns cortes de cabelo masculinos.
Já tá lembrando de alguns, não ta?
Um que eu não gosto, tenho vontade de sugerir outro corte é aquele que o cabelo é curto mas cobre a orelha, sabe? Estilo Roberto Justus 2006.
Mas há coisas piores, gente. Acreditem.
Uma vez, eu tava no salão de cabeleireiros e entrou um senhor.
O cabelo desse senhor era estilo poodle fêmea que acabou de fazer banho e tosa. Sabe na frente curto, mas alto, e atrás algo que eu poderia classificar de “chanel caixinha de correio”.
Tim Maia usava o cabelo assim.
E o cabelo desse senhor era bem enroladinho e tinha muito cabelo. Ele olhava pro lado e o cabelo ia junto, intacto.
Isso que é cabelo bom, né? Nem a força gravitacional nem a água têm poder sobre ele. Ele cresce pra cima e é impermeável.
Toma garoa e fica cheio de pontinhos brancos.
Herdar certas características é uma coisa, agora cultivá-las é outra.
Então pensei: “Ah, agora ele vai cortar esse mullet”
O cabeleireiro até quis ser amigo: “O senhor vai raspar atrás, né?”.
E o senhor respondeu: “Não, não. Se eu fizer isso, minha mulher me põe pra fora!”
Ta vendo? A esposa dele não compartilha da minha opinião.
É relativo.
Mas também tem muita coisa influenciada por pessoas que estão na mídia.
O que aparece em novelas, logo você vê nas ruas, nas lojas, em revistas de moldes.
Eu já não curto usar o que está muito em evidência. Perde a graça. Claro que eu não estou imune, tem coisas que combinam comigo, mas procuro não me fantasiar de personagem de novela. Não gosto.
Quando eu tinha uns 13 anos, surgiu uma moda de umas pulseirinhas de corda de violão com uma bolinha. Quando eu percebi que 90% das meninas da escola usavam o adorno, aquilo pra mim se tornou breguíssimo. Não sei explicar, mas isso acontece comigo inconscientemente.
Mas sabe que isso não é de todo ruim?
Essa é a graça de tudo. É assim que formamos nossa personalidade, nossas opiniões, nossos pensamentos. Pois, de uma certa forma, o modo como pensamos, se reflete em nossas roupas, acessórios e corte de cabelo.
E eu penso que isso tem que existir pra sempre. Afinal de contas, onde que eu me inspiraria?

3 comentários:

Beto Carbonieri disse...

Eu diria que tudo isso é relativo...
Tim Maia tinha um cabelo maneirérrimo... :D

Unknown disse...

..."Eu acho que é tudo uma questão de opnião...
É relativo mesmo, as pessoas têm gosto diferentes, personalidades fortes, enquanto umas seguem a linha do clássico, outras são fashion"..

Anônimo disse...

Linda
incompatibilidade foram as suas "imcompatibilidades". arruma isso!