13 de julho de 2008

Histórias de Ônibus Parte I

Sai da Porta, pô!
Nesse primeiro capítulo de Histórias de Ônibus, vou falar de uma coisa bastante comum dentro de ônibus e metrôs e que, com certeza, já deixou muita gente nervosa.
Existem pessoas desesperadas que acham que não vão conseguir sair do ônibus se entrarem e, por esse motivo, ficam plantadas na porta.
Perdi a conta de quantas vezes tinha gente estacionada na porta dos ônibus quando tinha um monte de gente descendo em terminais. Assim, daquelas duas saídas separadas por um ferro que têm nas portas dos ônibus, só uma ficava disponível.
Pior que ainda acham ruim se alguém reclama.
Apesar de eu saber que existe gente que agride outra pessoa por causa de uma olhada torta, em alguns dias de mau humor eu me manifestava mesmo. Passava quase levando a pessoa junto com o ombro e soltava bem alto um “tsc” acompanhado de uma respirada com som, dessas quando a gente não tem mais paciência.
Eu não sei se é comodismo, se é egoísmo, se é praticidade, se é um comodismo egoísta prático, mas quando tem aquelas paradas onde as pessoas entram em grande quantidade por uma porta, assim como ocorre nas estações de metrô, elas ficam paradas ali mesmo, não vão para os corredores. Ninguém consegue passar. Quando isso acontece no ônibus, o motorista não consegue fechar a porta, e no metrô, como a porta fecha de qualquer forma, fica gente pra fora.
Pelomenos, eu já vi em vagões do metrô uns comunicados para as pessoas não ficarem nas portas se não forem desembarcar naquela estação. Mas a melhor mensagem que eu já vi no metrô é aquela que é pintada no chão dizendo pras pessoas esperarem quem está dentro sair para depois elas entrarem.
Eu achei o máximo!
Já cansei de empurrar gente querendo entrar no metrô pra eu poder sair.
E aquelas pessoas desesperadíssimas que ficam em pé dois pontos antes de chegar no ponto de destino?
Isso já aconteceu comigo, e o melhor, foi bem de manhãzinha (eu acordo de mau humor pra quem não se lembra). Eu estava indo em direção a porta, seguindo o fluxo que estava descendo, quando uma senhora se levantou e entrou na minha frente. Eu pensei que ela fosse descer, afinal, ela se levantou e entrou na fila de gente com o mesmo objetivo. Mas eu me enganei, ela ficou parada na porta, então o motorista começou a andar.
Imagina a minha raiva.
Olhei bem pra cara da senhora e gritei na orelha dela: “EU VOU DESCER, MOTORISTA!”.
Ou então tem aquelas pessoas calmas demais, ou talvez destraídas e/ou perdidas, que quando o ônibus para, todo mundo desce, o motorista fecha a porta, a pessoa grita de lá da frente: “VAI DESCER, MOTORISTA!”
Eu sempre penso: “Se ela vai descer, porque não veio pra mais perto da porta?"
Até que um dia isso aconteceu.
O motorista já estava fechando as portas, quando uma voz vinda de lá da frente gritou: “VAI DESCEEERRR!!!”, eu pensei o que aquela pessoa estaria fazendo na frente do ônibus, daí só ouvi um senhor dizer: “Então por que não fica perto da porta?”
Vocês não podem imaginar a emoção que eu senti.
Foi como se um sonho meu estivesse se realizando naquele momento.
Você pensa e o sonho se realiza. Não é magnífico?
Ai, a gente se diverte com cada coisa, né?

2 comentários:

Matheus Carbo disse...

Você poderia fazer um livro com seus textos

"fikdik"

Anônimo disse...

eu adoro carregas as pessoas comigo.... pode ser na entrada, na saída, no caminho....
eu amo carregas as pessoas comigo!