20 de dezembro de 2008

Ai, que é isso?

Com o avanço da tecnologia, novos aparelhos e softwares vão sendo criados. Conforme vão surgindo novas necessidades, esses aparelhos e softwares vão sendo aperfeiçoados.
Quem não se lembra do tempo que os aparelhos de televisão não tinham controle remoto?
Hoje, pode até ser que existam alguns aparelhos sem controle remoto, mas é difícil encontrar quem os prefira.
Com o surgimento da internet, novos programas foram sendo criados e aperfeiçoados.
Bons exemplos são os messengers.
Hoje, um messenger possui funções bastante interessantes. Você consegue mudar as cores de fundo, enviar arquivos, mensagens de voz, usar web cam, entre outras.
Uma coisa bastante curiosa que tem nessa versão mais recente do MSN messenger é que você pode colocar sons e músicas de sua preferência quando você ou algum contato seu se conecta no msn.
A primeira vez que eu ouvi uma musiquinha quando um contato entrou, eu achei bastante interessante, até quis colocar no meu. O problema é que essa pessoa que apareceu com essa nova função é daqueles que gosta de chamar a atenção e fica saindo e entrando do messenger até o quadradinho dele subir toda a tela, sabe?
O que vou escrever agora pode soar meio humor negro, mas...
Quando eu fazia teatro, era um curso de integração e tinha alguns alunos com deficiência auditiva. Um dos meus contatos do messenger é um desses alunos. Dia desses escutei uma música de guitarra quando entrou um contato, e, quando fui ver, era ele. Pareceu-me bastante... é... diferente, eu diria.
Mas a cena mais engraçada foi uma vez que eu estava usando o messenger e liguei a televisão que fica do lado do computador pra ver o que tava passando. Ia começar um filme e eu decidi assistir, mas deixei o status do msn como “ausente” e usaria nos intervalos do filme. Desliguei o monitor, apaguei a luz e fiquei assistindo o filme.
Eu estava prestando toda a minha atenção nas cenas e diálogos quando escuto um: “ai ai ai meu peru, ai ai ai meu peru”.
Na hora eu levei um susto, meu coração disparou. Pensei: “o que é isso? De onde está vindo esse “ai”?”
E o volume estava até que alto, imagina.
Quando me liguei que vinha do messenger, comecei a dar risada do meu susto.
Eu, particularmente, não gosto dessa função.
Não uso porque imagino que, da mesma forma que me irrita, pode irritar outras pessoas.
Eu acho que essa função atrapalha. Você está ouvindo uma música e de repente entra um funk carioca no meio do seu rock ficando aquela poluição sonora louca.
Ou você está em silêncio, mas com a caixinha de som ligada, concentrado em alguma coisa, como aconteceu comigo, e se assusta.
Talvez um dia eu coloque para zoar com alguém, mas tiraria logo em seguida.
É uma função interessante, mas pretendo bloquear o contato se ele começar a incomodar muito.
Portanto, usem com moderação.

16 de dezembro de 2008

É meu!

Acho que 10 entre 10 pessoas se incomodam quando mexem em suas coisas sem permissão.
Dá uma sensação de estar sendo invadido, sei lá.
Mas quando você tem uns amigos de longa data, colegas de trabalho com liberdade, ou até mesmo família, mexemos em algumas coisas, pegamos uma coisinha emprestada, assim, sem exageros.
Estão fora dessa lista: celular, dinheiro, e roupas íntimas.
Mas coisas como caneta, chave, anotaçõezinhas é só dizer: “ó, peguei, ta?”
Claro, tem que avisar pelomenos, né? O resto tem que pedir.
O problema é quando você não está por perto e a pessoa precisa da sua caneta, da sua chave, do seu caderninho de anotações.
Ta, pode pegar, DESDE QUE DEIXE NO MESMO LUGAR ONDE ENCONTROU!
Aí quando você está numa emergência precisando das suas coisas, não acha!
Eu sempre deixo a minha chave no mesmo lugar: pendurada no suporte na parede atrás da porta. Esses dias fui abrir a porta e onde estava a minha chave?
Ela estava no lugar onde meu irmão costuma deixar a chave dele.
Claro que eu fiquei muito feliz.
E quando você deixa suas coisas arrumadinhas, do jeito que você gosta e quando volta está tudo de outro jeito, muitas vezes bagunçadas?
Nossaaaa!!!
Acho que o problema maior não está só em mexer, está em não arrumar depois.
Começou errado e terminou pior.
Acho a maior falta de respeito, sabia?
Aí vem o “cerumano” e fala: “ai, é só um livro”, ou: “foi só sua chave”.
Podia ser uma pipoca amassada, se eu a deixei debaixo da minha cama, é debaixo da minha cama que ela deve ficar.
Igual quando nossas mães brigam com a gente (quem tem irmão sabe do que eu estou falando) porque um irmão reclama que o outro comeu a bolacha que era sua e blá blá blá.
“Vocês estão brigando por causa de um pacote de bolachas?”
Não! Não é por causa da bolacha em si, mas pela falta de consideração e empatia do irmão.
A questão não está no que a pessoa bagunçou e deixou de arrumar.
O buraco é mais embaixo.
Ainda mais se você não queria que eu desconfiasse que você mexeu.
É tão simples evitar transtornos.

15 de dezembro de 2008

Eu vou chegar lá

Olha que coisa mais agradável (sinta a ironia):
- E como que foi lá na loja?
- Ah, sim. Então, chegando lá perguntei pro vendedor se eles tinham sofá branco. O vendedor me levou na sessão de sofás e me mostrou o catálogo de cores.
- Você comprou o sofá então?
- Perae, daí tinha um que era o mais claro, mas ainda não era branco. Então perguntei ao vendedor: “não, eu quero branco, o senhor não tem?”
- Ah, então você não comprou?
- Calma. Ele disse: “ah, senhora, sofás brancos encardem mais rápido, acho até que esse marfim combina mais com as outras cores, fica mais fácil de combinar as almofadas. Inclusive, eu tenho aqui umas capas para almofadas lindíssimas, a senhora quer ver?” e eu disse: “Não, moço, eu só queria saber se você tinha sofá branco, já que não tem, eu agradeço.”
- Ué? Mas você não ta com um sofá novo na sua sala?
- Posso terminar de contar?
Existem aquelas pessoas que não sabem contar uma história, mas também há aquelas que não sabem ouvir uma.
Você tenta fazer um suspensezinho, deixar o melhor para o final pra causar algum impacto, e a pessoa fica fazendo perguntas pra saber logo o que aconteceu.
Tem gente que faz sem perceber, isso é verdade. Talvez até eu tenha feito isso um dia, mas depois de ter alguém me perguntando pelo momento apoteótico da história assim que eu comecei a contar, me dei conta de o quanto isso é chato e nos obriga a sermos desagradáveis ao pedir calma.
Então, no máximo, eu falo um: “e aí?” pra mostrar a pessoa que eu estou interessada na história dela.
Queridos, entendam que isso é muito chato pra quem ta contando a história. Acaba com qualquer suspense. É igual você ir ao final do livro pra ler as últimas frases.
Que graça tem?
Espero que algumas pessoas que eu conheço leiam essa dica, pois, dessa vez, esse texto teve inspiração.

1 de dezembro de 2008

Vocêêê

No nosso trabalho, principalmente se trabalhamos por conta própria, temos que procurar fazer sempre o melhor.
É um “investimento”, vejamos: você vende cachorro-quente. O seu cachorro-quente é super gostoso, você compra ingredientes de boa procedência, usa luvas e touca, é simpático no atendimento, tudo limpo.
Dessa forma você vai conquistando mais clientes porque sabemos que o famoso “boca-a-boca” funciona de forma rápida e eficiente.
Mas quando é o contrário e você só usa coisa barata pra ganhar um dinheiro a mais, não se importa em comprar luvas e touca e faz tudo na pressa pra ganhar tempo e, com isso, mais lucro, o seu retorno será somente no começo, porque certamente não falarão muito bem de você.
Isso foi só um exemplo.
O que me levou a querer escrever esse texto foi um outro tipo de profissional: aqueles que fazem faixas, banners, cartazes, placas e afins.
Se você entra nessa profissão, você não precisa ser um doutor em língua portuguesa, mas precisa ter, no mínimo, consciência de que, se você não sabe uma palavra, procurar saber antes de colocar numa faixa que um monte de gente terá acesso.
Eu, se um dia precisasse, de forma alguma pegaria o telefone de contato de uma faixa que estivesse mal escrita ou com erros de gramática.
Aliás, pegaria sim, pra me certificar que não ligarei pra contratar o serviço.
Uma vez vi na entrada de uma igreja assim: “IGREJA PRESB. não sei mais o quê”
Mancada!
Não vou dizer que eu não freqüentaria essa igreja porque se eu fosse dessa religião e lá pregasse um pastor que eu gostasse, eu iria, mas, como não sou...
Já vi placas em mercados com: “melância”, “papél”, “fejão”.
Aí, além de atenção, faltou uma supervisão.
Uma vez na frente de uma casa estava escrito: “alugo essa garaje”. Outra de uma pessoa que trabalhava em casa fazendo “ededron”.
Até aí a gente ainda dá uma chance porque elas não trabalham fazendo placas, mas o que você vai pensar de uma pessoa dessas?
Já vi num muro uma propaganda de uma clínica de estética que tinha “acumputura”. E como é uma clínica com nome, local próprio, ou seja, não é num quarto de uma casa, pensei que eu estava falando errado até hoje, passando vergonha e enganando inocentes sem querer, já que eu sempre falei “acupuntura”.
Quando lembrei, consultei meu amado Aurélio e ele me disse: “Nathy, fica tranqüila que você não está errada”
Ufa!
O que eu to querendo dizer é que se você se propõe a fazer um determinado serviço, procure fazer da melhor forma possível a fim de que as pessoas tenham credibilidade em você e no seu trabalho.
Quem é que iria num dentista banguela, num cozinheiro com a unha do mindinho comprida ou num restaurante sujo?
Você precisa se atentar a esses detalhes, por mais que você seja pós graduado 16 vezes e vários ramos da odontologia, um chef formado na França, ou tenha o melhor cardápio de São Paulo.
Deu pra entender?
Espero que o recado esteja dado.