19 de fevereiro de 2010

Direito

Por que uma pessoa pega um cachorro e o deixa acorrentado?
O animal não consegue ir muito longe, e isso fará com que ele faça as necessidades próximas ao local onde faz as refeições, fora que ele não se sentirá amado e corre o sério risco de se tornar um animal agressivo.
Se a sua intenção é mesmo deixar o cachorro violento, acredito que há maneiras melhores para isso, acompanhado de profissionais que sabem o que fazem.
Mas o que me fez pensar nesse assunto foi ver um cachorro magrinho, vira-latas que está sempre acorrentado no quintal de uma casa que está no trajeto pro meu trabalho. Eu vejo o bicho todos os dias na mesma situação e juro que pensei em muitos motivos que levariam o dono a fazer isso. Não consegui achar nenhum plausível.
Se não gosta de cachorro, então, por que pega um pra criar?

Alô?

No meu trabalho, quando a secretária da diretoria vai almoçar, eu fico com as funções dela, tais como atender telefone, recepcionar quem vem de fora, fazer ligações para os diretores, essas coisas.
Eu gosto de fazer isso, não me incomodo de ficar no lugar dela enquanto ela almoça. O problema é que o telefone dela toca muito, então fico muito tempo ao telefone. Na verdade, o problema real não é esse. O que me irrita mesmo é que, quando eu estou ao telefone, sempre chega alguém na sala e começa a falar comigo também, aí eu não consigo nem prestar atenção na pessoa que está do outro lado da linha e nem na pessoa que está falando na minha frente. Muitas vezes nem é tão urgente assim. Será que a pessoa não consegue esperar eu desligar para me dar o recado? Se for muito urgente, me peça para desligar, me mostre um bilhetinho, mas não perca seu tempo falando tudo porque depois que eu desligar, você vai ter que dizer denovo.
E nem adianta dizer que eu não tenho capacidade de fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo. Tenho sim. Mas prestar atenção em mais de uma coisa é outra história. A nossa volta há muita informação, entretanto, para que não haja o caos, o nosso cérebro decide o foco de nossa atenção e o restante fica em segundo plano. Não é desculpa, pode procurar saber.
Depois fica tudo uma bagunça e já viu, né?
Eu até entendo que fazer isso, de chegar falando, é conseqüência de uma vida corrida. Para tudo temos pressa.
Mas do que adianta atrapalhar o meu trabalho? Fora que é como eu disse, eu vou pedir pra você repetir depois que eu desligar o telefone. Trabalho dobrado e perda de tempo precioso.
Acho que ta faltando paciência, só não sei se minha ou deles.

12 de fevereiro de 2010

Sei que eu estive ausente

Então...
Acho que essa já é a quarta vez que justifico meu período de ausência.
Mas é que depois de tantos trabalhos da faculdade, o máximo de coisas que eu pude evitar que me forçassem a pensar ou a digitar eu fiz.
Como disse a professora Sonia Galvão, pensar dói.
E como dói, gente.
Fazer faculdade é bom, mas é ruim! Não me arrependo, sei que quando me formar o gosto será melhor por conta do grande esforço que estou fazendo.
É tão duro recusar dias ensolarados na praia porque tem que estudar...
Mas, tudo bem.
Desabafei, obrigada.

Temos um texto novo aí embaixo óóó
Beijos e até um dia aí

Isso é um convite?

Imagina que algum colega seu te encontra e cobra: “heeeyyy por que não foi à minha festa?” Você, por um instante, acha que teve uma amnésia repentina e faz força para lembrar do convite. Sem lograr êxito (ó!), desiste e pergunta: “você fez festa?” e o colega responde: “claro, e eu te mandei o convite, não viu seu Orkut por esses dias, não?”
É... é triste, né? Eu sei que é porque isso já aconteceu comigo. Por conta das aulas, trabalhos da faculdade, vida corrida, a última coisa que eu me lembrava de ver era meu Orkut, afinal de contas, o que teria de tão urgente em um site de relacionamento?
Pois é. Depois de quase mais de um mês sem ver meu Orkut, finalmente acesso para tirar as bolas de feno que estavam passando por lá e vi em forma de depoimento que uma amiga faria o aniversário na sexta-feira. Mas... que sexta-feira? Provavelmente já tinha passado. Era um convite bem vago, do tipo: “me encontre ao por do sol”.
Ela não me cobrou a presença, nem eu cobrei um convite decente e ficou por isso mesmo.
Bom, eu só tenho a concluir que a minha presença pouco importava. Como é que alguém faz um convite e nem tem certeza se a pessoa receberá? Talvez seja pra se livrar de qualquer peso na consciência por não ter convidado, para pensar que teve seu dever cumprido.
Quando queremos mesmo que uma pessoa compareça a algum evento, ligamos pra ela e, se sabemos que a pessoa acessa esses meios eletrônicos com freqüência, podemos até enviar um recado virtual, sem problemas. Mas temos que ter a certeza de que ela recebeu.
O mesmo pode acontecer com mensagens de celular. Quantas vezes já não recebi mensagens que pessoas me mostraram depois que haviam mandado? Muitas.
Eu sei que todo mundo tem uma vida atribulada, mas eu penso que quem quer, faz.
Não podemos confiar muito nesses meios de comunicação.
Nem todo mundo passa os dias conectados a internet, tem celular que recebe mensagem, e é disso que as pessoas precisam lembrar. Mas precisam lembrar também que simplesmente jogar um recado pra alguém não significa que a pessoa vai recebê-lo, e isso acaba surtindo o efeito contrário, pois, ao invés de eu ter me sentido incluída na lista de convidados da pessoa, eu me senti apenas mais uma colega convidada para dar o número mínimo de pessoas para ganhar um bolo.
Ah, mas ela ganhou um bolo, o meu, que, aliás, foi ela mesma quem preparou.