22 de agosto de 2008

Histórias de Ônibus Parte IX

Pois não?
Sabemos que o tempo é curto e, por isso, deve ser bem aproveitado.
Durante o tempo que passamos esperando alguma coisa, podemos ler algumas páginas de um livro, alguma revista, estudar, lixar as unhas, ouvir músicas...
É bastante comum pessoas dentro dos ônibus e metrôs fazendo algumas dessas atividades que citei. Eu já fiz todas, pois passo muito tempo dentro de um ônibus.
Esse tempo ocioso pode ser bem aproveitado. Se seu estômago embrulha quando lê em veículos, você pode escutar música ou uma rádio de notícias, se preferir.
Quando eu tenho a oportunidade de viajar sentada e não estou com preguiça, eu leio.
Às vezes, me dá uma tonturinha, mas nem sempre, e quando começa eu já paro de ler.
Uma coisa que eu acho que todo mundo já fez é dar uma olhadinha de soslaio para o que a pessoa do lado está lendo.
Ou já fez, ou fará, ou já viu alguém fazendo.
É tão normal essa cena em ônibus.
Eu tento disfarçar, olho um pouquinho, depois viro pro outro lado, levanto a cabeça, daí leio mais um pouquinho.
Eu sei que tem gente que lê o que eu estou lendo também.
Já percebi, mas eu nem ligo, não. Tem gente que não gosta.
Esses dias sentou do meu lado uma moça com uma revista feminina. Ela estava lendo uma matéria sobre beleza, métodos pra hidratar cabelo, depilação, essas coisas. Toda vez que eu começava a ler alguma coisa, ela mudava de página. Parecia que era de propósito. Mais um pouco e eu falaria: “volta, volta, volta... peraí rapidinho, deixa eu só ver um ingrediente aqui...”
Ah, to brincando! Não chegaria a ser tão sem noção.
Se bem que outro dia eu estava no ponto de ônibus, sem relógio e meu celular estava dentro da bolsa e eu estava segurando uma sacola. Ia ficar complicado abrir a bolsa ali, fora que tinha um monte de gente.
Eu só queria saber as horas e vi um senhor com os braços cruzados do meu lado. O relógio dele estava perto dos meus olhos, achei que nem precisaria me dar ao trabalho de perguntar, mas como era um daqueles relógios que tem um monte de informação, tais como ponteiros convencionais, marcador digital, bússola, vários daqueles ponteirinhos que até hoje eu não sei para que servem, eu demorei para identificar as horas.
Foi quando ele falou: “Sete e dez”
Imagina a minha vergonha.
Ele percebeu que eu tava olhando pro relógio dele.
Minha única alternativa era agradecer. Sorri e o fiz com aquele “ai” desajeitado: “Ai, obrigada hehehe!”
Ainda bem que ele tomou um ônibus diferente do meu.

3 comentários:

Beto Carbonieri disse...

Creeedo, sabe nem disfarçar, ou desfarçar, sei lá geografia nunca foi meu forte....
E sim, aquele texto é oq vc me passou...:D

Renata Braga disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Renata Braga disse...

Oi!
Lembrei de mim.
Outro dia estava lendo o jornal de um homem, a noticia era a "a Nova tatuagem da Maria Rita",acho que le percebeu eu me esticando para ler oq ue estava escrito na tatuagem que me ofereceu o jornal.!!!
Fiquei passada