27 de maio de 2008

Adendo

Eu acabei de postar o texto abaixo e entrou um amigo que ficou de me passar umas fotos.
Ele sugeriu que compartilhássemos a pasta com os arquivos, mas eu não estava conseguindo, aparecia uma mensagem doida.
Então veio a conversa (olha o nível):

nada como relembras as coisas boas da vida says:
e agora

Nathalia says:
Nada

Nathalia says:
A mesma mensagem

nada como relembras as coisas boas da vida says:
se ta on?

Nathalia says:
Claro!

Nathalia says:
Quando a pessoa tá off, aparece que ela tá off.

nada como relembras as coisas boas da vida says:
mais se ta totalmente on?

Nathalia says:
Não, to só metade on.
_____________________
Não tive como não postar...

Ô lerdeza!

Eu tava aqui pensando: tem gente que tem certa dificuldade em processar informações, não tem não?
Não que elas sejam necessariamente burras, não, não, às vezes é lerdeza mesmo.
Eu também já tive meus momentos de lerdeza. Quem não teve?
Mas meus instantes-lesma são geralmente quando alguém quer despistar outra pessoa e eu estrago tudo ou fico com cara de quem não ta entendendo nada.
Mas eu aprendi a ficar quieta e só falar quando me perguntam. Se bem que esses dias eu dei uma que depois eu fiquei na dúvida. Um amigo comentou de uma festa que aconteceria num sábado com uma outra amiga que disse que não poderia ir porque teria um aniversário. Daí eu falei: “mas o aniversário não é no domingo?”.
Minha intenção foi maior boa, mas já pensou se ela quisesse despistar o cara? Ainda bem que não era o caso. Ufa!
E quando você ta conversando algo sigiloso e aparece alguém de repente, e a pessoa com quem você estava conversando nem se dá conta e continua perguntando o que aconteceu, quem fez, o que foi falado.
Dei muita risada uma vez que meu irmão estava tendo uma conversa com a minha vó, nem lembro mais o que era, e a minha cunhada ligou pra ele. E eu escutava ele falar pra ela: “ta bom, mas depois eu te explico, não posso falar agora (tempo). Eu não posso falar agora, ta? (tempo). Não, não aconteceu nada, depois eu te explico (tempo). Nãããooo, é sobre a minha vó, ta tudo bem, mas eu não posso falar agora, já te falei (tempo). Tááá, depois eu te conto o que aconteceu porque não dá pra te contar agora!”
Depois até ele tava dando risada.
Minha mãe é campeã disso. Na hora eu fico brava, mas depois eu dou risada. Ela não faz por mal, a gente sabe que toda mãe é cautelosa e preocupada.
Tem dias da semana que o cérebro dela não funciona, tais como fins de semana e feriados. Então, nesses períodos principalmente, se ela me liga e eu digo que não posso falar ela pergunta: “Por quê?”
E quando você diz: “olha, mais tarde eu te explico melhor porque eu to ligando do meu celular e...” a pessoa interrompe: “Não, não, peraí, mas o que você vai fazer com o...” e por aí vai.
Já aconteceu de eu estar de pé no ônibus cheio e atender o celular (nessas circunstâncias eu procuro não atender) e avisar que eu estava com dificuldades para falar, que, se não fosse urgente, me esperasse chegar em casa e a pessoa continuar falando, sempre com aquela justificativa de que “é rapidinho”.
Fora as perguntas desnecessárias ou que nem merecem resposta, tipo:
- Onde você está?
- Vou entrar no cinema?
- O que você ta fazendo no cinema?
Por mais sem-noção que essa pergunta pareça, eu já ouvi coisas parecidas, gente. Acreditem se quiserem.
E por isso eu vou procurar me policiar. Às vezes eu não entendo mesmo, mas como é que eu vou saber o que a pessoa quer se ele não der ao menos uma piscadinha, ou uma entonação de voz diferente?
Mas é que tem gente que é demais, podemos esfregar na cara e a pessoa ainda faz “hãããã???”
Só espero que não tenha uma dessas perto nos meus dias de mau humor.

20 de maio de 2008

Abóbora

As pessoas têm uma mania meio estranha de generalizar certas coisas.
Isso é bastante comum, eu mesma já disse: “ai, esses meninos são todos iguais!”. O problema é que tem gente que põe isso como barreira para formar opiniões na hora de escolher as pessoas de seu convívio.
Cada indivíduo é único. Todo mundo sabe disso (sabe, né, gente?).
Então, por que tem gente que acha, por exemplo, que todas as misses são pessoas desprovidas de inteligência? Ou então que todo japonês é inteligente?
Isso nem sempre condiz com a verdade dos fatos. É divertido para fazer piadas, mas só.
Geralmente, essas coisas acontecem porque alguém, ou uma maioria de uma certa categoria ficou conhecida por alguma característica, seja ela física ou psicológica, por sua naturalidade, profissão, etc .
E agora todo mundo acha que todo homossexual já nasceu sabendo cortar cabelo.
Isso porque os cabeleireiros mais consagrados e reconhecidos são gays. Mas já conheci gays cabeleireiros que não eram tudo isso, não. Vi mulheres em começo de carreira dando um banho em bichas experientes na área.
Acontece.
Ah, e ainda no mundo arco-íris, há quem diga que os gays são pessoas que podemos confiar.
Aí, alguém que acredita nessa generalização incoerente, vai a um salão de cabeleireiros que nunca havia ido anteriormente, escolhe o bichinha porque gay corta cabelo bem, começa a conversar com ele e em questão de 5 minutos, o cabeleireiro já sabe de toda a vida da pessoa. “Ah, eles são pessoas confiáveis”
Não digo que será sempre assim, mas essa pessoa está correndo um sério risco de chegar em casa com um corte tipo o do Eduard Mãos de Tesoura quando pediu pra cortar só as pontinhas, e ainda por cima, se cruzar com alguém pra quem o cabeleireiro contou sua vida, a pessoa olhará pra ela e pensará: “lá vai a amante do açougueiro vesgo que mora no quinto andar. E ainda diz que é professora de espanhol do cara. Nunca vi uma aula de língua tão intensa como essa”.
É gente. Mas não é porque eu escrevi isso que você não vai nem falar “boa tarde” pro cabeleireiro, além de pedir referências e demonstrações em fotos de trabalhos anteriores.
Não é bem por aí.
Só estou dizendo que, podemos sim, levar em consideração certas lendas e boatos, pois pode ser que sejam mesmo verdades, mas não podemos achar que todas as pessoas são iguais, que todo turco é pão-duro e não ser amigo de um deles, que todo advogado vai te enrolar e perder uma oportunidade de trabalho.
Naaadaaa aaa veeerrrrr!
Outra coisa: nem todo mundo que tem blog é emo, viu gente?

17 de maio de 2008

Eu posso explicar

Olá pessoas!
O meu computador pegou vírus e ficou chato por uns tempos.
Precisei mandar arrumar.
Eu tinha alguns textos salvos em uma pasta e a maioria deles estava no meu e-mail.
Segundo o Luciano da INFOTECNO, alguns arquivos tiveram que ser apagados, pois estavam comprometidos. Depois eu descobri que a minha pasta de textos era um deles.
Tinha alguns que eu estava prestes a publicar e que eu não tinha mandado pro e-mail, acho que uns 2, que eram os que eu postaria nessa semana que passou.
Tive que escrever novos e por isso postei dois textos hoje que são esses que estão aí embaixo ó.
Espero que compreendam, pois vírus em computador e catapora, todo mundo já pegou um dia.
E se não pegou, cuidado!
Obrigada e divirtam-se.

Aí não vale!

Uma pessoa que sabe economizar vai longe.
Nem todo mundo consegue, mas sabemos que às vezes não dá mesmo.
Existem pessoas que se tem quinze centavos no bolso vão pro mercado comprar Dadinho.
Há pessoas que sabem poupar. Não compram o que não precisam pra depois quando realmente precisarem, tem o dinheiro.
Mas também, existem aquelas pessoas que não sabem economizar. Compram coisas ruins porque estavam mais baratas, lêem no escuro pra não acender a luz, remendam meias furadas, não compram presente de dia das mães, essas coisas.
Teve uma época no meu trabalho, que toda vez que eu usava o toilette e ia enxugar as mãos, me virava pra pegar papel e nunca tinha no suporte que fica de frente pra porta, só no de trás.
Achava estranho, pensei que as senhoras da limpeza estavam atarefadas demais, até que fui perguntar: “por que nunca tem papel nesse suporte, só no de lá?”
Prestem atenção na resposta: “porque a ordem é economizar, por isso pediram pra gente colocar só em um suporte”
Não agüentei: “mas, se cada vez que eu vou enxugar as mãos eu uso duas folhas de papel, não é só porque tem papel em um suporte que eu vou usar só uma folha” e ela só respondeu: “ordens são ordens!”, e demos risada.
Fala sério, gente! Ninguém vai usar menos papel porque só tem folha em um suporte. Fora que o tempo de reposição será menor.
É o mesmo que eu traçar o seguinte plano de economia: bom, esse mês não vou poder comprar meu creme para as mãos, tenho que abrir mão de algumas coisas. Como eu só uso o creme quando lavo as mãos, terei que lavá-las menos. Para lavá-las menos tenho que ir menos ao banheiro e para ir menos ao banheiro tenho que beber menos água. Pronto! Agora para economizar no meu corretivo para olheiras, tenho que dormir mais. Para dormir mais, eu tenho que ir pra cama mais cedo. Então para ir pra cama mais cedo, não posso sair de casa depois das 21:00, e como eu chego em casa às 20:00, vou avisar as pessoas para não me chamarem para sair. Perfeito!
Ora bolas! Não é assim que fazemos economia, ta certo que dormir bem faz bem à saúde, mas foi só um exemplo.
Eu não sou a pessoa mais indicada para dar essas dicas, mas sei de coisas como apagar as luzes que não estou usando, não comprar as coisas simplesmente porque estão em promoção, não comprar coisas que não estou precisando quando não tenho dinheiro sobrando e principalmente na primeira loja que eu entrar, não comprar aquele leite condensado de setenta e cinco centavos pra fazer brigadeiro depois não conseguir comer.
Entendem?
Não vão fazer a chamada “economia porca” porque nesse caso a gente pode aplicar aquela frase feita que todo mundo já ouviu: “o barato sai caro”.

Desnaturadas

Eu sei que a filha é tua.
Assim como a total falta de bom senso também é.
Do mesmo jeito que eu to procurando a manicure que engana as clientes quanto à francesinha no pé, eu quero saber quem foi que disse que toda menina tem que ter franja.
É bonitinho? É claro que é. É angelical, delicado, desde que a menina tenha um cabelo que aceite franja, ou a mãe tenha paciência e uma mordaça pra escovar o cabelo da filha.
Sempre que questiono alguma mãe de menina quanto ao uso de tal corte, elas dizem que é pra não cair no olho. Mas até onde eu me lembro, o que está na testa tende a cair sobre os olhos quando cresce, correto? Se estivesse nas têmporas isso não aconteceria.
Quando leva no salão e pede a clássica franja, lá vai a mãe ajudar o cabeleireiro segurando a menina pelas bochechas pra franja não parecer a Cordilheira dos Andes.
“Carolinaaaa, fica quietinha pro tio cortar seu cabelinho, filhaaa!”
Ele finaliza o corte escovando o cabelo. A menina fica linda parecendo criança de catálogo de pijama. Até a hora de lavar denovo. Depois que lavou, a franja vai secando, vai subindo e quando você vê, parece que ela tem um laço de fitilho sobre os olhos. (sabe aquele que a gente puxa com a tesoura pra enrolar?)
E quando a criança sai pra brincar, que começa a correr, suar e aquela franja vai ficando molhada e grudada na testa? Que beleza!
Ou então a mãe coloca tiarinha na filha e a franja fica em pé, parecendo uma calopsita rebelde que usa o moicano da direita pra esquerda.
E se não é tiarinha, são aquelas presilhinhas. Daí vai nessas lojas de bijouteria e compra de baciada. Uma de florzinha rosa, outra da Hello Kitty, outra da Pucca, uma de ursinho azul...
Daí quando põe o conjuntinho rosa, usa a presilha rosa, quando usa o vestidinho verde, põe a tiarinha verde.
Pra que isso, gente?
Não to dizendo que a criança tem que ficar uma hora e meia na escova progressiva, depois mais quarenta minutos fazendo mechas acobreadas com papel alumínio, e depois mais vinte minutos hidratando os fios. Nãããoooo!
Mas vamos pensar: se a sua filha não tem um cabelo adequado para o corte com franja, você pode economizar com as presilhas e tiaras e ainda por cima com o corte, porque a gente sabe que franja tem que cortar de 20 em 20 dias mais ou menos para que a menina possa enxergar o mundo. E eu não aconselho o corte “caseiro”
Noite dessas, vinha em minha direção uma menina junto com uma moça, que suponho ser mãe dela. Quando a luz do poste batia na menina, a franja dela, que tava toda arrepiada, formava algo parecido com a aura da criança. Eu fiquei olhando aquele negócio brilhante em volta da testa dela, e quando ela foi se aproximando que eu vi que era a franja dela toda pra cima. Coitada!
É por isso que eu venho aqui, fazer mais esse pedido: mães, vamos olhar para dentro dos nossos corações e aceitar que as nossas filhas não têm o cabelo mais liso do mundo e poupá-las desse constrangimento de ter um montinho de serpentina desenrolada na testa, mães! Aceitar é o primeiro passo.
Agora, sejam felizes.

7 de maio de 2008

Ah se eu pudesse...

Eu não sei se felizmente ou infelizmente, essa tal de educação existe.
O lado bom é que, fazendo uso da mesma, nos tornamos pessoas de fácil convívio social e é assim que as pessoas gostam da gente.
O lado ruim é que não podemos dizer tudo o que pensamos pra qualquer pessoa.
Já pensou se você dissesse, sem filtrar, tudo o que viesse na mente? Não seria muito educado, não é mesmo?
Você não pode simplesmente xingar uma pessoa cada vez que ela te desagradar. Talvez teu irmão, mas evite tais atitudes em público, que é pra mostrar que tem educação.
A educação vem sempre acompanhada do respeito e de um pouco de medo também, né? Vai que você fala algo mais baixo a alguém muito cabra da peste e a pessoa não gosta...
É nessas horas que os pensamentos matam nossa vontade, sem nos causar maiores transtornos.
Afinal, eu tenho amor ao meu aparelho ortodôntico.
Mas o mais engraçado disso tudo é a expressão (ou a falta dela) no nosso rosto. Enquanto você pensa: “E o bambu?” você sorri e diz: “claro, pode deixar comigo”
Ou simplesmente não diz nada enquanto olha inexpressivamente pra pessoa pensando: “nossa, como você consegue ser tão babaca?”, e continua como se nada estivesse acontecendo.
Há um tempinho, na empresa onde trabalho, eu saí pra almoçar. Voltei às 13:00 e quando entrei na sala, tocou o telefone da minha mesa e a pessoa que me ligava precisava de uns documentos urgentes, que ela já estava me ligando há uns 40 minutos e blá blá blá. Fui atender à solicitação da pessoa achando que seria rápido e demorei, entre telefonemas e caça aos documentos, uns 45 minutos. Me empolguei.
Quando finalmente consigo escovar meus dentes, entrou uma menina no toilette que almoça mais tarde que eu e perguntou: “Nossa, só agora você tá vindo escovar os dentes?”
Pensamento: “E o que isso vai mudar na sua vida? Você nem sabe o que aconteceu pra eu só conseguir vir agora...”
Palavras: “Pois é, menina, eu tava entrando na sala e meu ramal tava tocando, e você sabe, como funciona meu departamento, né?”
Isso não é ser falsa, mas se eu dissesse o que pensei, causaria uma discussão desnecessária e criaria uma inimizade no meu local de trabalho.
E um dia que, voltando do trabalho, o senhor que sentou do meu lado perguntou dos terminais que o ônibus parava e depois quis saber pra onde eu estava indo, e eu disse que ia para São Bernardo. A conversa parou ali.
A viagem demoraria mais uns 45 minutos e eu acabei cochilando. Assim que o ônibus atravessou a divisa de municípios, o senhor me acordou e disse: “Viu, já estamos em São Bernardo.” A intenção dele foi boa, das melhores, mas eu só ia descer 6 pontos mais pra frente, dava pra dormir mais uns 10 minutos.
Fora que eu me assustei com o cara me acordando, por isso que fique irritada.
Eu pensei: “Que susto, caramba! Eu por um acaso pedi pra você me acordar?”
Mas como eu sou educadíssima, sorri e disse: “Ah, muito obrigada! Eu já já vou descer mesmo.” Ele não fez por mal, mas...
Às vezes eu gostaria de dizer tudo o que eu penso pra todo mundo. Eu até posso, mas sofreria as conseqüências depois, o que não é preciso quando sabemos usar a sutileza.
Por isso, vou continuar exercitando a minha educação e a minha paciência.
Ajuda a evitar rugas e conserva os dentes.

2 de maio de 2008

Aqui não tem ninguém com esse nome!

É tão emocionante quando você atende ao telefone e do outro lado da linha é uma pessoa procurando por alguém que não é você, mas a pessoa procurada não se encontra e você, para avisá-la mais tarde, pede para quem ligou se identificar, e ele diz: “é um amigo dela”
Ah ta... é um amigo dela... ta bom!
Aí você vai dar o recado: “Ó, hoje de manhã ligou um amigo seu!”, a pessoa contente e curiosa pergunta: “Ah é? Quem era?”
Silêncio.
Eu prefiro não perguntar porque sempre tem gente muito grossa. E se a pessoa for grossa comigo e eu não estiver de muito bom humor, eu vou me sentir no direito de ser grossa também.
A pessoa diria quando eu perguntasse o nome: “é só um amigo dela, diga apenas isso” e eu diria: “ta, eu digo que ligou um João Ninguém procurando por ela, alguém que deve ter um nome muito do estranho para não querer dizê-lo, beijotchau”
Claro que eu só faria isso na minha casa, vai que é no trabalho e eu falo isso pro chefão dos chefões. Eu, hein!
Pior é quando você tem que dar esse tipo de recado a um chefe. A pessoa vai dizer que é um amigo dele, você então vai pedir que a pessoa se identifique e ela vai insistir: “diga apenas que é um amigo dele”.
Daí você tem duas opções: 1ª dar o recado dizendo que ligou um amigo, mas que não quis se identificar e 2ª: não dar o recado porque sabe que seu chefe é dessas pessoas muito sensíveis e pode retrucar perguntando: “e você não perguntou o nome, não?” ou então pensar que você esqueceu o nome do amigo e tá pondo a culpa nele.
E se o amigo liga depois direto pro seu chefe: “oi, eu liguei hoje aí mais cedo, não te deram o recado não?”.
Ah, o cara não faria isso!
Ah não? Eu não duvido de mais nada nessa vida. Já ouvi cada absurdo, até passar dinheiro por fax eu já ouvi história de gente que pediu. E não era brincadeira, pode perguntar pra minha mãe.
Por isso eu prefiro ficar com a primeira opção, mas se eu tivesse um chefe neurótico, ficaria com a segunda, especialmente porque odeio levar a culpa de coisas que não fiz.
Então olharia bem pro meu chefe e diria: “olha, hoje de manhã ligou uma pessoa te procurando, disse apenas que era um amigo seu e quando eu pedi que se identificasse, ele quis que eu dissesse apenas que era um amigo”
Poxa, não é muito mais fácil se identificar? Tomaria menos o meu e o seu tempo. E, se fosse possível, a pessoa que estava ausente quando você ligou poderia te retornar a ligação, o que seria, de certa forma, uma economia pra você.
A não ser que você tenha alguma coisa a esconder de mim, porque se você fizer isso, dependendo de quem você estiver procurando eu vou dar o recado: “ligou uma pessoa aqui, muito esquisita, que veio com umas idiotices de não querer se identificar, acho que deve alguma coisa pra mim, mas como eu não tenho pendências com ninguém, esse seu amigo é um sem noção que quer fazer eu perder meu tempo e paciência”
Pronto, recado dado.