31 de agosto de 2008

Histórias de Ônibus Parte X

ZZZZZZZZZZZZZ
A hora que o sono bate, não há quem segure.
Quando eu não tinha que acordar tão cedo por trabalhar perto de casa, eu não tinha esse problema de sentir tanto sono.
Antes, eu não dormia em ônibus. Para ser sincera eu não gosto, mas tem horas que não dá para evitar, principalmente depois de um dia cansativo de trabalho.
Para enganar o sono, eu escuto música com fone de ouvido. Às vezes funciona, mas tem dias que eu estou tão cansada que nem com a música alta no ouvido eu consigo me manter acordada.
Tem gente que adora dormir no ônibus.
Eu, mesmo não gostando, já percebi alguns macetes da arte.
Por exemplo: se você coloca a cabeça para trás, encostada no apoio de cabeça, corre o risco de dormir e se pegar de boca aberta quando acordar, e isso não é legal.
Se você simplesmente fecha os olhos, fica sentado normalmente e dorme, a hora que o motorista frear, você vai bater a cabeça no apoio de cabeça. Isso também não é legal.
Se você está sentado na janela e apóia o cotovelo naquela parte do vidro e a cabeça na sua mão, sua cabeça escorregará, perdendo o apoio. Esse é legal porque é muito engraçado ver essa cena e a pessoa acordando com cara de assustada!
Eu opto por abaixar a cabeça porque ninguém fica olhando pra minha cara. Vai que eu babo!
A parte ruim é que eu já bati a cabeça umas 3 ou 4 vezes quando o motorista faz uma curva. Mas aí eu finjo que nada aconteceu e sigo bem caminhoneiro.
E também é ruim porque depois o pescoço dói um pouco, mas qualquer posição é um tanto dolorida.
Eu já vi gente com a cabeça encostada no vidro, mas essa definitivamente não rola. Toda hora a pessoa fica batendo a cabeça e acordando.
Já vi também uma senhora com um travesseirinho entre o vidro e a cabeça dela. Essa deve gostar de dormir no ônibus.
Não sei se vocês já repararam, mas nos vidros das janelas próximo aos assentos tem umas marcas arredondadas. Nem sempre dá pra ver. Mas sabe quando você encosta a testa em algum vidro pra enxergar do outro lado e ele fica marcado? Então, é bem essa a marca que tem nos vidros dos ônibus. Nem preciso explicar as origens delas, né?
De qualquer forma dormir em ônibus é uma arte quase circense.
Mas já ouvi muita gente dizer que esse cochilo é revigorante. Gente que estuda e trabalha longe de casa e tem pouco tempo para descansar aproveita esse tempo no ônibus ou metrô.
Não é lá muito confortável nem agradável, mas quando o sono vem, ele vem com o pé na porta, não dá pra segurar.
Por isso que eu nem fico reparando muito.
Pó de mico na cueca dos outros é refresco.

22 de agosto de 2008

Histórias de Ônibus Parte IX

Pois não?
Sabemos que o tempo é curto e, por isso, deve ser bem aproveitado.
Durante o tempo que passamos esperando alguma coisa, podemos ler algumas páginas de um livro, alguma revista, estudar, lixar as unhas, ouvir músicas...
É bastante comum pessoas dentro dos ônibus e metrôs fazendo algumas dessas atividades que citei. Eu já fiz todas, pois passo muito tempo dentro de um ônibus.
Esse tempo ocioso pode ser bem aproveitado. Se seu estômago embrulha quando lê em veículos, você pode escutar música ou uma rádio de notícias, se preferir.
Quando eu tenho a oportunidade de viajar sentada e não estou com preguiça, eu leio.
Às vezes, me dá uma tonturinha, mas nem sempre, e quando começa eu já paro de ler.
Uma coisa que eu acho que todo mundo já fez é dar uma olhadinha de soslaio para o que a pessoa do lado está lendo.
Ou já fez, ou fará, ou já viu alguém fazendo.
É tão normal essa cena em ônibus.
Eu tento disfarçar, olho um pouquinho, depois viro pro outro lado, levanto a cabeça, daí leio mais um pouquinho.
Eu sei que tem gente que lê o que eu estou lendo também.
Já percebi, mas eu nem ligo, não. Tem gente que não gosta.
Esses dias sentou do meu lado uma moça com uma revista feminina. Ela estava lendo uma matéria sobre beleza, métodos pra hidratar cabelo, depilação, essas coisas. Toda vez que eu começava a ler alguma coisa, ela mudava de página. Parecia que era de propósito. Mais um pouco e eu falaria: “volta, volta, volta... peraí rapidinho, deixa eu só ver um ingrediente aqui...”
Ah, to brincando! Não chegaria a ser tão sem noção.
Se bem que outro dia eu estava no ponto de ônibus, sem relógio e meu celular estava dentro da bolsa e eu estava segurando uma sacola. Ia ficar complicado abrir a bolsa ali, fora que tinha um monte de gente.
Eu só queria saber as horas e vi um senhor com os braços cruzados do meu lado. O relógio dele estava perto dos meus olhos, achei que nem precisaria me dar ao trabalho de perguntar, mas como era um daqueles relógios que tem um monte de informação, tais como ponteiros convencionais, marcador digital, bússola, vários daqueles ponteirinhos que até hoje eu não sei para que servem, eu demorei para identificar as horas.
Foi quando ele falou: “Sete e dez”
Imagina a minha vergonha.
Ele percebeu que eu tava olhando pro relógio dele.
Minha única alternativa era agradecer. Sorri e o fiz com aquele “ai” desajeitado: “Ai, obrigada hehehe!”
Ainda bem que ele tomou um ônibus diferente do meu.

19 de agosto de 2008

Histórias de Ônibus Parte VIII

Amigos porção única
Essa expressão é do filme Clube da Luta. O personagem a usa para se referir às pessoas que ele conhece em suas viagens de avião, fazendo referência às porções de comida que são únicas nas viagens, como aquela margarina que vem naquele potinho que só dá para um pão, sabe?
E o que isso tem a ver com os ônibus, Nathalia?
Nos ônibus fazemos vários “amigos porção única”! Tcham!
Você nunca fez?
Precisa pegar mais ônibus então. Ou talvez melhorar a cara...
Muitas vezes acontece assim:
- Nossa, esse ônibus ta cheio, né?
- Ta sim, mas essa hora é assim mesmo. Horário de pico.
- Ah, é? É que eu nunca peguei essa linha essa hora, eu trabalho pro outro lado.
- É, aqui é assim todo dia. Você trabalha onde?
E por aí vai...
Já fiz alguns amigos assim. Nos pontos de ônibus também, desses de trocar telefone, orkut, e-mail, meninos e meninas.
Já encontrei conhecidos, já fingi que não vi alguns porque não estava a fim de conversar.
Tem um deles que eu encontro bem umas 2 vezes por semana há quase um ano. Já sabemos bastante sobre a vida um do outro. Até dividimos o fone de ouvido outro dia.
Só não me pergunte o nome dele porque eu não me lembro. Converso sempre com o menino e não sei o nome dele...
Até tentei um: “ah, você tem que me passar seu e-mail, daí a gente pode conversar mais.”. Vai que no endereço do e-mail tem o nome dele. O problema é se for algo como surfista_1000_grau@blábláblá.com. Não sei mais o que faço. A essa altura do campeonato não terei coragem de perguntar.
Mas é assim: um dia você vai sentar perto de alguém que vai querer conversar, vocês darão risada juntos, falarão mal dos corruptos juntos, reclamarão do trânsito juntos, vai chegar teu ponto, você se despedirá e pronto.
Fez um amigo porção única! Olha que legal!
Mas eu só vejo o lado bom dos amigos porção única: a viagem se torna menos chata, você conhece gente com opiniões variadas sobre assuntos variados, muitos deles você corre um sério risco de voltar a encontrar.
Um dos meus amigos porção única, quando me contou que trabalhava com auditoria contábil, falei pra ele me dar o telefone que eu passaria a uma amiga que queria mudar para essa área da contabilidade.
Pegar ônibus não é só passar nervoso, gente!
Tem seu lado bom, como vocês podem “ler”.
Mesmo que esse lado bom dure apenas meia hora, ou renda um texto para um blog.

18 de agosto de 2008

Só um "rapidinho"

Eu tenho uma vontade, que eu sei que vai ficar só na vontade, mas é uma vontade quase de grávida.
Um dia, quando eu estiver em algum ônibus que não esteja cheio, com algumas pessoas sentadas e alguns lugares vagos, e eu me levantar para descer e outra pessoa levantar também, eu parada de frente para a porta vou desejar muito que ela pergunte: "Você vai descer?"
Aí nesse momento, tudo fica em slow motion. Eu pisco, olho pra pessoa (tudo em câmera lenta) e digo (agora em movimento normal): "não, na verdade, eu achei que o fundo do ônibus estava meio sem graça e vim aqui enfeitar. Você acha que eu levantei e fiquei aqui parada na porta pra quê?"
Mas, eu sou uma pessoa educada e, mesmo sofrendo de mau humor periódico, não descontaria dessa forma gratuita em alguém que nem conheço. Se bem que já fizeram essa pergunta, mas o ônibus estava lotado, e como já contei anteriormente, tem sempre uns bestas que levantam bem antes do ponto.
Mas que é uma vontade louca, ah isso é...

12 de agosto de 2008

Histórias de Ônibus Parte VII

História pra contar
Em algumas de nossas viagens de ônibus, coisas diferentes podem acontecer.
Já ouvi gente dizer que presenciou brigas de porrada dentro de ônibus, gente que ofereceu lugar pra alguma mulher sentar e ouviu um mal educado: “eu não sou velha!”, ou um estúpido: “eu não estou grávida!”.
Ônibus que quebra, gente que cai quando o motorista frea, muitas vezes no colo de outras pessoas, essas coisas.
Se você anda de ônibus, um dia verá alguma coisa do tipo, isso se não for o protagonista. Algumas que na hora dão muita raiva, mas depois a gente dá risada.
Meu irmão já me contou que, quando o motorista freou, uma senhora caiu. Quando ela levantou, olhou muito brava pra ele e brigou porque ele não a segurou. Na hora ele deve ter ficado sem entender nada.
Tem uma história que me fez chegar de bom humor no trabalho, mesmo atrasada com tudo o que aconteceu.
Esse foi um dia que eu não consegui sentar, o que significa que o ônibus enche mais rápido porque demorou um pouco pra passar.
Em uma das paradas, já com o ônibus lotado, ainda tinha gente querendo entrar e o motorista parando, ou seja, demorava pra sempre nos pontos.
As pessoas que estavam entrando queriam que as pessoas de dentro se apertassem ainda mais, até que ouvi:
- Gente, dá só mais um passinho aí, vamos colaborar.
- Só se eu subir na sua cabeça
- Ah é, então sobe. Sobe que eu quero ver.
Aí começou aquele falatório e eu pensando: “Essas pessoas com certeza faltaram na aula de física. Não sabem que dois corpos não ocupam o mesmo espaço...”
Eu não entendo esse desespero, essa linha de ônibus passa numa média de 3 em 3 minutos de manhã, só as que se atrasam um pouco é que enchem desse jeito.
Mais pra frente, escuto um senhor reclamando de alguma coisa com o motorista, mas não consegui identificar o motivo. Foi quando escutei:
- Se o senhor fizer isso, eu vou aí te dar um soco.
Aí foi aquele falatório denovo.
Pensei: “Com emoção ou sem emoção?”
Fui o resto do caminho rindo e tentando disfarçar a risada.
Cada vez que lembrava, ria.
Teve outra que nem foi tão engraçada porque na hora deu raiva, mas já cheguei em casa contando e rindo de mim mesma.
Eu estava na rodoviária esperando meu ônibus. Lá passam os ônibus comuns, esses municipais também. Estava sentada e quando meu ônibus finalmente chegou, eu fui pro fim da fila. A fila começou a andar e eu fui indo junto, né? A fila ainda estava andando, quando o motorista fechou a porta e foi embora. Mas fui só eu que fiquei pra trás, aquelas pessoas da fila não iam pegar o mesmo ônibus que eu. Fiquei sem reação. Eu não ia gritar, afinal eu pego ônibus ali todo dia, ia ser maior vergonha.
Fiquei com raiva daquelas ridículas que, em vez de sair da fila e ficar um pouco pro lado como sempre acontece, elas foram andando em direção a porta sendo que não iam tomar aquele ônibus.
Nem sentei de volta de vergonha.
Pelomenos aprendi que, quando o ônibus chega, tenho que ir com fé.
Não sou eu quem as atropela, são elas que estão no meu caminho.
Né não?

7 de agosto de 2008

Histórias de Ônibus Parte VI

Os sem noção - Fim da Trilogia
Quando pensei em escrever sobre esse tema, não fazia idéia de que ele me renderia três textos.
Foi por isso que eu voltei com a trilogia.
Vamos aos casos: às vezes acontece de você ter que carregar muitas coisas quando toma um ônibus. Tem coisas que são fáceis de transportar, tais como sacolas e bolsas. Outras, nem tanto, que são livros, cadernos, envelopes...
Carregar essas coisas em ônibus não é falta de noção. A falta de noção está em você não se oferecer para segurar as coisas da pessoa quando percebe que ela está se desdobrando para não cair.
Aí o motorista frea o ônibus bruscamente, a pessoa que está se segurando só com uma mão cai, os documentos dela se espalham por todo o ônibus, ela leva consigo mais umas três pessoas, bate a cabeça quando cai, jorra um monte de sangue, porque vocês sabem que na região da testa tem bastante sangue, o ônibus tem que parar, alguém chama uma ambulância, e você, além de chegar atrasado ao seu destino, vai ficar com a consciência mais pesada do que uma feijoada à 01:00 da manhã.
Não custa nada, né, gente?
Falando em frear bruscamente, não poderia deixar de incluir no rol dos sem noção os nossos estimados motoristas.
Há os motoristas sem noção, como não?
Aqueles que desviam dos ônibus que estão na frente, parados no ponto, deixando, assim, passageiros para trás, aqueles que correm pra caramba e fream com tudo quando estão perto do ponto, aqueles que fazem curvas achando que estão pilotando motos...
Mas os motoristas não superam os passageiros, mesmo porque as proporções não permitem.
Um dia eu fiquei... não acho o adjetivo, talvez impressionada, acho que serve. Aconteceu o seguinte: eu estava na rodoviária esperando meu ônibus, quando uma outra linha que tinha se atrasado um pouco chegou. Daí foi gente subindo que parecia liquidação de arroz tipo 1.
Só que o ônibus já estava cheio e não cabia mais ninguém e as pessoas insistindo em contrariar as leis da física, esperando que quem estava dentro se apertasse ainda mais até que quem estava de fora coubesse.
Nisso, mais ônibus foram chegando e ficando parados atrás desse, não deixando que as outras pessoas tomassem suas linhas. Inclusive eu.
Ficou uma fila de passageiros tentando pegar o ônibus e uma fila de ônibus tentando pegar os passageiros e ninguém se mexia.
Bando de sem noção.
Mas o troféu sem noção vai para uma moça que conseguiu uma façanha, até hoje não sei se ela tava tentando suicídio ou quebrar algum recorde.
Eu estava no ônibus indo para o trabalho. Era um daqueles ônibus articulados. O motorista fez uma curva e quando ele voltou para a reta, escuto uma mulher gritando pro ônibus parar porque ela estava presa na articulação do ônibus.
Não me perguntem como, só sei que o motorista tentou encostar e, conforme ele andava, ela gritava. Todo mundo tentando ajudar, o motorista já tinha descido, desligado o ônibus e eu tentando entender como ela tinha conseguido se enfiar num espaço tão pequeno e tão no canto. Achei que ela só sairia dali depois que serrassem os ferros e carregada de maca para uma ambulância.
Ainda bem que foi rápido e sem seqüelas.
Até hoje não consigo entender, sempre que passo pela articulação do ônibus, fico tentando encontrar uma possibilidade.
Essa mereceu. Depois do susto, o povo ria sem ter entendido nada também.
É por isso que eu duvido de mais nada nesse mundo, não.

3 de agosto de 2008

Histórias de Ônibus Parte V

Os sem noção - O Retorno
Como dito no texto anterior, esse que está aí embaixo ó, eu voltei para falar de mais falta de noção de passageiros de transporte coletivo.
É tanta coisa que um texto só não deu.
Mas vamos lá.
Dentro de um ônibus, assim como em qualquer lugar com muita gente, existem algumas “regras” que merecem ser respeitadas.
Imagina a cena: você está de carro e vai a um estacionamento cheio, uma vaga está prestes a ser desocupada, você dá seta para entrar e, quando o carro sai, vem um outro motorista e entra rápido na “sua” vaga.
Dá um raiva!
E isso acontece em ônibus também.
Já aconteceu comigo.
Sabe quando você está de frente para o banco, segurando com as duas mãos parecendo que você é aquela cordinha que tem do lado dos assentos da montanha-russa? Eu estava assim. Nesse caso, a regra é: quando o assento desocupar, ele é meu porque eu estou ali “esperando”.
Como já disse, o caminho que eu faço é longo. Eu já estava de pé há um tempão, o ônibus já estava quase na metade do caminho quando entra um menino e fica do meu lado.
Quando a moça que estava sentada no “meu” banco se levantou, eu tirei a mão para ela passar e, se ela não tivesse saído, aquele menino que estava do meu lado há menos de 5 minutos, teria sentado no colo dela.
Fiquei brava. Cara egoísta. Depois, pra me acalmar, fiquei pensando: “ah, ele pode estar com dor nas costas, ou doente, ou com febre...”.
Isso não é um crime, não vai contra lei nenhuma, mas é falta de ética se ele não estiver precisando sentar.
E, falando em sentar, existem os assentos reservados. Quando entra alguém com criança de colo, grávida, idoso, deficiente e esses assentos estão ocupados, eu entendo que as primeiras pessoas que devem ceder seus lugares, são justamente essas que estão ocupando os reservados e não precisam efetivamente deles.
Mas nem sempre isso acontece.
Eu já vi, algumas vezes, pessoas pedindo o lugar para essas outras pessoas sentarem. Tudo bem.
Só que a cena que eu vi foi a seguinte: entrou um senhor usando aquelas máscaras que médicos, dentistas e afins usam. Ele ficou parado no meio do ônibus. Antes que alguém levantasse, uma moça que estava de pé acordou uma menina que estava sentada no reservado para que ela desse o assento ao senhor e depois ainda ficou reclamando das pessoas que não cediam seus lugares.
Eu não sei se há um certo e um errado nesse caso, mas a moça que acordou a menina poderia ter pedido a alguém acordado, afinal, há muitos assentos reservados em um ônibus. Com certeza, alguém levantaria, mas nem deu tempo, a moça já chegou querendo dar uma de moralista falando alto.
Existem também, as pessoas que precisam dos reservados sem noção.
No terminal do Jabaquara, nos horários de pico, eles pedem que formemos duas filas: uma para ir sentado, outra para ir de pé. Quem usa o assento reservado não precisa pegar fila.
Mas não são simples filas, são filas em negrito, itálico, sublinhado e em vermelho.
Quem opta por ir sentado no horário que eu pego ônibus, fica mais ou menos 20 minutos esperando para entrar.
Quando o ônibus já está quase cheio, entra alguém que precisa sentar e, por isso, a pessoa que esperou um tempão na fila, tem que ceder seu lugar.
Poxa, não dá pra esperar o próximo?
Tem uns que não fazem por mal, mas tem gente que abusa disso. É folgado, sim.
Fora os fura-filas que quando alguém reclama, fazem de conta que não é com eles.
Mas todo fura-fila é sem noção, então, nem preciso explicar.
Se eu lembrar de mais coisas sem noção, eu volto com uma trilogia.
Beijotchau.